Que acabe o medo.
Já não tenho malícia para celebrar
a cama de nojos.
No testamento envergonhado, olhos
cansados desenham a estrada
do sangue laminado. Segue o ar
daquele sonho com o cheiro da
longínqua terra no gosto nunca
acontecido. Vontade saciada nos
dias das lágrimas negras para lembrar.
Danças ocultas animam a teimosia
do meu desânimo. Porque
tarda em chegar o poema da esperança?
Como sufoca a espera.
Terei pecado assertivamente.
Estrela enlatada, não me entregues
a noite ardilosa. Não cortes a corda
que me resta.
Não exageres no atrevimento que
continua a matar-me.
Não me apetece dançar contigo.
,2024Mar02_aNTÓNIODEmIRANDA
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