Temperadas na forja
Com choro e lágrimas
marteladas
Suor de ferro e fogo
Achatava as promessas na
bigorna.
E marcava com cravos no
calendário
todos os dias conseguidos.
Molhava a vontade
Com vómitos de desespero
Porque sabia coisas
Da esperança agredida.
Ardia com todas as febres
Num sonho nunca manso
E via sempre coisas novas nas
paredes.
E ficava parado
Não ousando sequer o olhar.
Nunca conseguiu pintar um dos
medos.
Na sala do hospital
Na sessão semanal
Alguém fingia escutar.
,2016aNTÓNIODEmIRANDA
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