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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

NINGUÉM PODE SALVAR A MINHA ANGÚSTIA

 


Descalço escorrego no costumeiro 
pesadelo.

Nau de súplicas de sangue
rasgando as veias da memória.

Quem sou?
pergunta o desânimo 
enforcado no destino.

                                Alvejo 
                                Uma a Uma
                                as agulhas do desalento
                                roubadas ao relógio 
                                da penúria.

O tempo
é um prenúncio esquisito
sempre agarrado à urgência
que não me deixa escapar.

            Eu, 
            Aquele que ainda procura 
            os sons
            do último silêncio. 





,2024Ago_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

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