Que vida é esta quando na morte não
pousam flores? Morrer assim depois
da história desajeitada, alinhada nos
capítulos imperfeitos que não escolhemos?
Má sina viver este tempo onde só o ignóbil
foi respeitado. Nada sobra deste nojo com
que embrulho a fartura desta infelicidade.
Nascemos com os pés nus, contemplando
a lisonja que nos convence do contrário.
Haja quem me queime a calma onde apodrece
a alma. Claro que na sorte, e contrariando
o ditado, nunca seremos iguais.
Só o nome da indigência cabe neste cabeçalho.
Triste a vida na morte que acabou neste destino.
2016,11aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
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