Eu bem te avisei!
Os poetas escrevem com palavras mentirosas.
Pensam enquanto riem e nesse riso fingido,
Os poetas escrevem com palavras mentirosas.
Pensam enquanto riem e nesse riso fingido,
não têm tempo para emendar o que não foi sentido.
Desenham a tristeza em folhas frias e limpam lágrimas escondidas nas caixas de pó de arroz.
Avermelham os olhos pintados cirurgicamente
Desenham a tristeza em folhas frias e limpam lágrimas escondidas nas caixas de pó de arroz.
Avermelham os olhos pintados cirurgicamente
em frente de espelhos convenientes.
Acendem o cigarro com voz de catarro,
e entram no filme levando no braço
Acendem o cigarro com voz de catarro,
e entram no filme levando no braço
a gabardine do Humphrey Bogart.
Num olhar pretensamente descomprometido,
Num olhar pretensamente descomprometido,
imaginam a amplitude
da costura daquelas meias de renda.
Os poetas escrevem as palavras possíveis
dos poemas mentirosos.
E a sua almofada preferida é forrada
da costura daquelas meias de renda.
Os poetas escrevem as palavras possíveis
dos poemas mentirosos.
E a sua almofada preferida é forrada
com papel mata-borrão,
para que os sonhos que não querem ter,
não incomodem a sua fantasia.
Os poetas não têm culpa da inveja de Deus.
Eu bem te avisei!
Vou desligar esta chamada
com número anónimo.
,2017,abr_.aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
Os poetas não têm culpa da inveja de Deus.
Eu bem te avisei!
Vou desligar esta chamada
com número anónimo.
,2017,abr_.aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
Sem comentários:
Enviar um comentário