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domingo, 20 de junho de 2021

AI DE TI

 

Ai de ti que nem do teu inútil eu
consegues fugir.

Velha carne,
pele enrugada,
sórdida estima,
verruga negra
massajando uma sarna vulgar.

Degeneração amanhada
num abrolhamento prévio.

Visão ferruginosa.

Que pena esta  vida
que tanto te castiga.

2017set_aNTÓNIODEmIRANDA

Vila Chã

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