Encontrar-te na avenida dos sonhos aziagos.
Beijar-te as artroses sublimadas na mais polvorosa mania de gostar de ti.
Desejar as melhores núpcias para os nossos pesadelos.
Perfumar-te numa água de “ausonia”,
que nunca afunde o devaneio de mergulhar
a boca no teu corpo.
Um desejo concreto,
a fingir o momento certo,
como se fosse luar.
Pintar o sonho da cor mais possível,
caminhar o destino que ainda não parou de fugir.
Sentir o que nos falha,
ainda não está escrito.
Talvez falte uma troca de saliva,
e um toque ocasional que tarda a acontecer.
Amamo-nos assim,
como se isso fosse o momento que procuramos.
Trocamos matrículas à falta da alma,
enquanto a memória vai varrendo
os crepúsculos possíveis.
O futuro foi uma possibilidade nunca atrevida.
Agora é tudo longe demais.
,2019mai_aNTÓNIODEmIRANDA
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