Fotógrafo alemão
nascido a 31 de outubro de 1920, em Berlim, com nacionalidade
australiana, no seio de uma família judia, e falecido a 23 de
janeiro de 2004, em Hollywood, vítima de um acidente de viação.
Por opção do pai
estudou no colégio americano de Berlim. Aos 16 anos começou a
dedicar-se à fotografia, tendo por mestre a fotógrafa berlinense
Yva, que fazia trabalhos de moda, nus e retratos. Contudo, por ser
judeu, a 5 de dezembro de 1938 Newton fugiu da Alemanha para
Singapura, escapando à perseguição dos nazis. Arranjou emprego
como repórter fotográfico no Singapore Strait Times, mas por ser
indisciplinado e pouco interessado no trabalho foi despedido ao fim
de alguns meses.
Em 1940 partiu para a
Austrália para se juntar ao exército deste país, no qual serviu
durante cinco anos. Quando deixou o serviço militar abriu um estúdio
fotográfico em Melbourne e casou com a atriz June Brunell em 1948
que também viria a ser fotógrafa com o pseudónimo de Alice
Springs, tendo o casal feito muitos trabalhos em conjunto.
Em 1957 mudou-se para
Paris, em França, e quatro anos mais tarde começou a trabalhar para
a revista de moda Vogue, para a qual fez fotografia de moda durante
cerca de 25 anos. Neste período trabalhou para as edições
francesa, norte-americana, italiana e inglesa da revista, assim como
colaborou em publicações como a Elle, a Marie-Claire, a Stern ou a
Playboy. O trabalho de Helmut Newton era extremamente erótico e
chegou a ser considerado provocador, nomeadamente através de nus
onde mostrava mulheres dominadoras.
Depois de nos anos 60 ter
privilegiado a fotografia de moda, na década de 70 optou pelas
imagens de sexualidade.
Em 1975 apresentou a sua
primeira exposição pessoal na Galeria Nikon, em Paris. E no ano
seguinte foi considerado o melhor fotógrafo pelo Clube de Diretores
Artísticos de Tóquio, no Japão. Em 1977 publicou Femmes Blanches,
o seu primeiro álbum de fotografia, que foi premiado pelo Instituto
Americano de Artes Gráficas. Dois anos volvidos, foi a vez do Clube
de Diretores Artísticos de Berlim consagrar Newton como melhor
fotógrafo do ano.
Nos anos 80 mudou-se para
Monte Carlo, no Mónaco, passando a dividir a sua vida entre o
principado e os Estados Unidos da América.
A França homenageou
duplamente Helmut Newton em 1989, nomeando-o Cavaleiro das Artes e
das Letras e entregando-lhe o Grande Prémio da Cidade de Paris. No
ano seguinte, ainda em França, recebeu o Grande Prémio Nacional da
Fotografia.
Em 1991 recebeu mais um
troféu importante, desta vez nos Estados Unidos da América, ao ser
considerado o melhor fotógrafo retratista pelos Prémios Mundiais de
Imagem. No ano seguinte recebeu uma condecoração no Mónaco, tendo
sido nomeado Cavaleiro das Artes, Letras e Ciências.
Em 2003 Helmut Newton
editou uma auto-biografia. Pouco antes da sua morte, havia anunciado
que cederia toda a sua obra à cidade de Berlim, onde nascera. Ao
longo da sua carreira fotografou personalidades como Salvador Dalí,
Andy Warhol, Sophia Loren, Catherine Deneuve ou Jodie Foster. Entre a
sua obra deve destacar-se o álbum Sumo, composto por cerca de 400
fotografias e com cerca de trinta quilos de peso.
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