Há quem viva embrulhado em mortalhas contemplado por velórios de longa duração.
Há quem pense no mal dos outros,
e assim julga que aldraba a realidade que o condena.
Há quem morra logo ao nascer,
Há quem pense no mal dos outros,
e assim julga que aldraba a realidade que o condena.
Há quem morra logo ao nascer,
e sem dar por isso,
enrola as horas dos dias que fogem.
Mas,
Mas,
também existem aqueles que nada têm a ver com isto!
Há quem sorria a espelhos sem memória
Há quem sorria a espelhos sem memória
para oferecer.
Há quem chore salpicos de desespero
Há quem chore salpicos de desespero
quando a noite do tempo contado
anuncia a sua presença.
Há quem pense que escapa do fim
Há quem pense que escapa do fim
oferecendo à morte bouquets de gratidão.
Mas,
Mas,
também existem aqueles
que nada têm a ver com isto!
Há quem se remedeie com as sobras
Há quem se remedeie com as sobras
e erga as mãos em busca do paraíso dos patetas.
Há quem esconda versos dos que se dizem poetas, e escreva nas veias a verdade dos insultos.
Há quem ainda aguarde com a esperança possível o comboio que nunca passou naquela paragem.
Há quem continue a falar para si próprio, mesmo sabendo que nunca se lembrará da conversa.
Mas,
Há quem esconda versos dos que se dizem poetas, e escreva nas veias a verdade dos insultos.
Há quem ainda aguarde com a esperança possível o comboio que nunca passou naquela paragem.
Há quem continue a falar para si próprio, mesmo sabendo que nunca se lembrará da conversa.
Mas,
também existem aqueles que nada têm a ver com isto!
Há quem ajoelhe com todo o cuidado
Há quem ajoelhe com todo o cuidado
para não sujar a alma.
E há quem olhe com todo o respeitoso desdém para a nossa nojenta importância.
E há quem olhe com todo o respeitoso desdém para a nossa nojenta importância.
,2020Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
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