Enrola-me pela manhã
docemente até ao fim do dia.
Quero que me mates
até os ossos se tornarem fiambre.
Ama-me no chão,
faz de mim o mais vil tostão
um chá de um Judas pestilento,
canta-me numa canção de
azar, só para acreditarem
que gostas de mim.
Enrola-me num cartucho
como se guardasses a
mais preciosa iguaria.
E oferece-me sofregamente
quando te apetecer.
Estou aqui,
abaixo do zero mais que finito
com arpejos do bolero
onde uma loura sem vergonha,
cavalgou nas minhas ancas
arfando palavras
roubadas dos meus poemas.
Enrola-me de manhã mesmo só um bocado,
no mais fino brocado para fingir a alegria.
Enrola-me agora,
pela noite fora
até fazeres das minhas costas
um ossário defeituoso.
docemente até ao fim do dia.
Quero que me mates
até os ossos se tornarem fiambre.
Ama-me no chão,
faz de mim o mais vil tostão
um chá de um Judas pestilento,
canta-me numa canção de
azar, só para acreditarem
que gostas de mim.
Enrola-me num cartucho
como se guardasses a
mais preciosa iguaria.
E oferece-me sofregamente
quando te apetecer.
Estou aqui,
abaixo do zero mais que finito
com arpejos do bolero
onde uma loura sem vergonha,
cavalgou nas minhas ancas
arfando palavras
roubadas dos meus poemas.
Enrola-me de manhã mesmo só um bocado,
no mais fino brocado para fingir a alegria.
Enrola-me agora,
pela noite fora
até fazeres das minhas costas
um ossário defeituoso.
2016,12aNTÓNIODEmIRANDA
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