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sexta-feira, 20 de maio de 2022

NEM SEMPRE VESTI O FATO ONDE ESTAVA ESCRITO O MEU NOME

 

Dizias então que poderias levar-me 
às margens dos abraços não devolvidos.

Então eu, 
o tal marçano dos recados queimados, 
tentei escrever um poema só para esconder 
o ridículo deste atrevimento.

Depois, 
tempos duros apedrejaram o caminho das lágrimas, que, às escondidas, tinham abafado. 
Cansadas, 
as estrelas contemplam a angústia pintada no céu. 

Abraçamo-nos num aconchegado sorriso de criança, sabendo como sempre, 
que o chão que nos esconde 
é tão duradouro como um apertar hesitante 
Rasguei a emoção sem sentido algum

Nem sempre vesti o fato onde estava escrito o meu nome


,2022Mai_aNTÓNIODEmIRANDA

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