Quando
a noite chega proponho-te uma esquina qualquer, livre de
encruzilhadas.
Daremos a curva balanceados pelo vento, morrendo-nos
embrulhados em paixões que incendeiam algumas janelas e espalhamos
esmolas furiosas por tanta perda.
O que foi feito de ti nesta página
que não fala a tua voz, neste livro cheio de rumores, com odores de
lixo?
Sensações
vagas ardem apressadamente em cabanas tapadas com céus desconhecidos
e pegadas criteriosamente ordenadas somente por estrelas simpáticas.
Reincidimos nos abraços a um ternurento copo, companheiro habitual
dos temperos imprevistos.
Temos agora nas mãos poemas caídos
escritos por anjos da desolação.
Se tens um bom amigo, não te
preocupes :
as coisas vão correr bem para o teu lado.
,2015_aNTÓNIODEmIRANDA
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