Fora da minha cabeça há um circo que entretém a estupidez.
Na bancada dos náufragos adoptados,
uma onda de risos sem nexo,
oferecida por palhaços alegremente vestidos com lantejoulas estagnadas nas filas do desemprego.
Fora da minha cabeça há um mundo panado com goma-arábica, um bailado de conveniências embutidas em mentiras, gráficos que já nada conseguem disfarçar, estatísticas moldadas num gourmet desesperado.
Não cabe na minha cabeça o rol de dependentes do Futuro Empenhado.
Vozes de burro chegaram ao céu.
,2020Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
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