Debaixo do sol,
que agora estás mais que escondido,
há uma tosse que mata,
e um gelo que conforta as despedidas
sem fim.
Pedem-se milagres para alimentar
a esperança moribunda.
Dizem as lágrimas cansadas da tristeza,
que todos os momentos padecem apenas
de um cansaço passageiro,
tamanhas são as saudades da alegria.
Chegou a hora de contar caixões,
quando pouco tempo antes,
cultivavam-se planos para festejar aniversários.
O que nos prende à vida?
Porque não as unhas de um gato,
que teimosamente recusam abandonar
qualquer tentativa de coragem?
Mundo que nunca me achaste,
porque não desistes da ânsia de me destilar?
Nesta luta desigual,
confesso que endeusar-te,
nunca abandonou as conversas com o autoclismo.
Tenho muito mais que fazer.
Podes tomar conta de mim.
Já não sei chorar.
,2020Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
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