No voo das tuas asas, entregaste-me
desejos obscenos, trazidos do
paraíso que tão mal te tratou.
Guardo pétalas queimadas,
no choro que tudo lamenta.
Costumava ser simples,
o amor mentirosamente
imaginado, naquele cinema das fitas
a fingir.
Já não existe aquele conforto
que ardilosamente nos iludia.
E eu,
como se fosse atrevido,
puxava-te a saia até às coxas,
só para mentir
a temperatura dos teus seios.
O intervalo servia para ensaiar
o beijo da cena final.
Depois, o filme
tornava-se desinteressante.
A bem dizer, um empata fodas.
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