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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

AO CORRER DO TEMPO

Tenho no bolso as outras horas
que o relógio que uso no pulso esconde.
Ouço agora os soluços da guitarra do Ry Cooder
que escorrem como se fossem memórias.
Sinto o frio no meio do meu mundo,
onde demasiadas vezes,
como Pilatos, lavei as mãos.
Está difícil este tempo,
e o seu correr deixa-me cansado.
É uma sentinela, sempre alerta
e preocupada.
Continuamente escondida
por uma cortina de fumo,
que só me permite
um enlace nunca dourado.



2016,02_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

 
 

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