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terça-feira, 15 de outubro de 2024
sexta-feira, 11 de outubro de 2024
FADO DA CHUNGARIA
Se uma gaivota cagasse
na cabeça do Presidente
talvez o povo acordasse
num presente menos indecente
na cabeça do Presidente
talvez o povo acordasse
num presente menos indecente
Que perfeito pontapé
o Primeiro levaria
neste momento sem fé
perante tanta chungaria
Quanta plena satisfação
aquele acto nos traria
minha gente está na hora
de mandá-los pregar para outra freguesia
,2024Out_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
Paulo Leminski, do livro “Polonaises”.
Um dia
a gente ia ser homero
a obra nada menos que uma ilíada
depois
a barra pesando
dava pra ser aí um rimbaud
um ungaretti um fernando pessoa qualquer
um lorca um éluard um ginsberg
por fim
acabamos o pequeno poeta de província
que sempre fomos
por trás de tantas máscaras
que o tempo tratou como a flores.
a gente ia ser homero
a obra nada menos que uma ilíada
depois
a barra pesando
dava pra ser aí um rimbaud
um ungaretti um fernando pessoa qualquer
um lorca um éluard um ginsberg
por fim
acabamos o pequeno poeta de província
que sempre fomos
por trás de tantas máscaras
que o tempo tratou como a flores.
COISA MAIS LINDA QUE DEUS NUM INUSITADO MOMENTO DE INTROSPECÇÃO DESPACHOU PARA O INFERNO
Vou indo.
Correndo sem pressa,
num aperto leve entregue por um estafeta
Correndo sem pressa,
num aperto leve entregue por um estafeta
desesperadamente à procura de uma epístola acolhedora.
Sonho não previsto,
promessa de amor enfeitiçada nos braços imaginados.
Indo por aí,
disfarçando o cansaço,
risco todos os nomes do abandono.
Aqui, a tentar colorir o céu,
procuro memórias nos poemas
que por falta de ousadia,
não consegui escrever.
Sim!
Por vezes sou um percalço no embrulhar
do presente que quero esquecer.
Carrego as contas do desalento
agarradas a este andar.
Vou indo por aí.
Devagar, que a vontade não tem pressa.
E no olhar com que me vêem,
aqueço na colher dos desejos proibidos,
a espera da felicidade mentirosa.
Vou indo por aí.
Acariciando rugas com o pesar de todas as ausências.
Anda triste a estrela atrevida.
Não beija as sombras,
nem escreve no arco-íris
o segredo que tem para mim.
Continua difícil o caminho.
Vou indo...
devagar, amaciando recordações,
desfolhando angústias nos dias deste Outono
cada vez menos acontecidos.
Vou indo por aí.
À procura da porta dourada
do crepúsculo da minha realidade.
Aguardo nervosamente as melhoras da esperança.
Preocupado com a mísera cotação
na bolsa das boas intenções,
desprezo a intuição que duvida da minha certeza.
Sonho não previsto,
promessa de amor enfeitiçada nos braços imaginados.
Indo por aí,
disfarçando o cansaço,
risco todos os nomes do abandono.
Aqui, a tentar colorir o céu,
procuro memórias nos poemas
que por falta de ousadia,
não consegui escrever.
Sim!
Por vezes sou um percalço no embrulhar
do presente que quero esquecer.
Carrego as contas do desalento
agarradas a este andar.
Vou indo por aí.
Devagar, que a vontade não tem pressa.
E no olhar com que me vêem,
aqueço na colher dos desejos proibidos,
a espera da felicidade mentirosa.
Vou indo por aí.
Acariciando rugas com o pesar de todas as ausências.
Anda triste a estrela atrevida.
Não beija as sombras,
nem escreve no arco-íris
o segredo que tem para mim.
Continua difícil o caminho.
Vou indo...
devagar, amaciando recordações,
desfolhando angústias nos dias deste Outono
cada vez menos acontecidos.
Vou indo por aí.
À procura da porta dourada
do crepúsculo da minha realidade.
Aguardo nervosamente as melhoras da esperança.
Preocupado com a mísera cotação
na bolsa das boas intenções,
desprezo a intuição que duvida da minha certeza.
,2021Outubro_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
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