Nascido em Jena a 24 de agosto de 1977, Robert Enke foi o primeiro guarda-redes alemão a servir o Benfica. Fê-lo durante três temporadas, de 1999/2000 a 2001/02, mudando-se depois para o Barcelona.
Há precisamente oito anos, quando representava o Hannover 96, pôs termo à vida. O suicídio chocou a Alemanha e o mundo futebolístico.
Enke chegou ao Benfica em 1999, com apenas 21 anos. Depois de ter terminado contrato com os alemães do Borssia Moenchegladbach, a tarefa na Luz era complicada: fazer esquecer Michel Preud'homme. No entanto, assumiu-se, desde logo, como um substituto à altura, conquistando os Benfiquistas que estavam desejosos de craques capazes de contornar um dos piores momentos da vida desportiva do Clube.
O alemão não conquistou qualquer título de águia ao peito. Mas as três épocas consecutivas a defender as redes encarnadas ao mais alto nível convenceram o Barcelona a avançar para a sua contratação. Em Espanha perdeu espaço e foi, depois, emprestado a Fenerbahçe (Turquia) e Tenerife (Espanha). Regressou então à sua Alemanha natal para representar o Hannover 96, durante cinco anos e meio, conquistando, por fim, a titularidade da seleção nacional do seu país. Desportivamente, Enke só foi feliz em Lisboa e na Alemanha, onde faleceu a 10 de novembro de 2009, com apenas 32 anos, depois de vários períodos de depressão.
Ao serviço dos encarnados, efetuou 93 jogos (77 na Liga, 8 na Liga Europa e 8 na Taça de Portugal). Estreou-se em Vila do Conde, num jogo com o Rio Ave. Estávamos a 22 de agosto de 1999 e disputava-se a 1.ª jornada do Campeonato Nacional. Foi titular e alinhou os 90 minutos num jogo em que sofreu um golo de Hugo Henrique. 1-1 foi o resultado final.
Destinado a ser uma lenda do Hannover e o número 1 da seleção da Alemanha, o guarda-redes deixou um legado e foi fundada a instituição com o seu nome, que apoia adultos com a mesma doença e crianças com problemas de coração.
As luvas de Enke estão expostas no Museu Benfica – Cosme Damião. O guarda-redes ofereceu-as a um adepto do Benfica depois de um dérbi, em 2000/01, que os encarnados, comandados por José Mourinho, venceram por 3-0.
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