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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
NÃO HÁ CÁ NINGUÉM A NÃO SER ESPANTALHOS
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
JÁ NÃO TENHO ESGOTO PARA TANTA MERDA
Assinalarei a minha presença
Com a ausência da disponibilidade
Para vos aturar
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terça-feira, 29 de dezembro de 2020
domingo, 27 de dezembro de 2020
sábado, 26 de dezembro de 2020
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
OFERTAS DE NATAL
Espera no varrer das folhas,
os conselhos da solidão aprazível.
Aqui,
no lugar que foge,
há memórias embrulhadas para ofertas de natal.
Fala-se agora uma estranha linguagem,
caiada numa indiferença
que nunca nos abandona.
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AGRADECIMENTO
Humildemente peço desculpa pela omissão de resposta, mas tenho estado num período de reflexão sobre o orgasmo da Virgem Maria.
E, acreditem, isso tem-me dado Whiskey pela barba.
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
A VIDA, DIZEM OS QUE MORRERAM…
Roubo-te o pijama,
Escondo os nomes do nosso acontecer,
Escrevo recordações absurdas
Ouço um trombone que tenta riscar no céu nomes estranhos, relâmpagos a iluminar um qualquer néon esquecido na nossa falta de comparência.
Resta a subtileza nesta forma de confundir.
A vida, dizem os que morreram,
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
domingo, 20 de dezembro de 2020
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
RESTA-ME UM SACO ROTO
que te desenhava.
O cheiro da tua lembrança,
perfumava o mais puro
do meu mentir.
Resta-me um saco roto,
abrigo de memórias
que ainda consigo arquivar.
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
AGUARDAR A VEZ NO LUGAR DO TEMPO
Não quero repetir o cansaço nem respirar
Mostrei-lhe no olhar
um desejo inequívoco de animar outras andanças.
Tenho na cabeça muitas portas do céu,
Portanto, desta vez tudo leva a crer
Pelo menos é o que o teclado escreve
Sou um clandestino a navegar
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
O USO DOS ANOS
Adoro os dias sem tempo.
Há quem diga
que é o modo mais eficaz
para mascarar
o uso
dos
anos
.
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domingo, 13 de dezembro de 2020
ABRAÇO ESTIMADO
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sábado, 12 de dezembro de 2020
A VÉNIA
Pus um sorriso nas veias
e quase toquei o céu.
Alguém invejou
a vénia
que o tempo
me entregou.
Eu,
Só tentei
Outro
Lugar
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
ENFERRUJAR HORAS
Que merda de dia,
dizem aqueles que gastam
o tempo a enferrujar
horas.
Passo ao lado dessa indignação.
Para esses,
é só mais um
para a colecção.
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
O CAMINHO DA FELICIDADE
Que mais tarde
Ou menos cedo
Iria encontrar
O caminho da
Felicidade
Perante
Tamanha convicção
Ajoelhei
…
O que me valeu
Foi
O
REUMON Gel 50 mg/g
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terça-feira, 8 de dezembro de 2020
SINTONIA IMPERFEITA
Procuro
Um
Eu
Diferente
Mas
Continuo
A
Não
Me
Lembrar
Onde
o
Escondi
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
domingo, 6 de dezembro de 2020
NÃO HÁ CÁ NINGUÉM A NÃO SER ESPANTALHOS
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sábado, 5 de dezembro de 2020
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
Abílio Augusto Gonçalves de Miranda 4 Dez_1927| 3 Nov. 1987 Gaveta 2678 Cemitério da Amadora. 93 anos…
Sentado na paragem do autocarro, relembro esse fim de tarde onde desoladamente percorri as ruas que me levariam pela última vez até si. Ruas estranhas, pisadas por mim, vezes sem conta. Tempo sem tempo, aquele que demorei a chegar. Estava cansado duma forma absorta, vazio de uma esperança que julguei, nunca me abandonaria. Invejoso de todos os sorrisos. Assassino de qualquer alegria. Acompanhava-me a mais vil das tristezas, embora soubesse que agora era para sempre. Saboreava todos os paladares da angústia. Sabia agora, a hipótese exacta da perda. São 19 horas e mais vinte e sete anos. Correu demasiado depressa o seu tempo. Longo, exaustivamente longo, foi o tempo que levou a sofrer. Nada era tão real á minha frente, como o cenário real da sua morte. O Tomás estava no quarto ao lado, ele que também esteve para morrer. E a mãe com passagens para a outra realidade. Mas havia um abutre! Um abutre abusivamente mascarado de palhaço, que não conseguia respeitar a sua partida, gozando porca e despudoradamente com a situação da minha mãe. Eu bem o avisei, que ele não valia nada. Tal como fiz dois dias antes, com uma das suas irmãs, que depois da sua morte, não haveria a mínima hipótese de qualquer relacionamento entre nós. Compreendemos os dois, que essa foi a última conversa.
VIVA LA MUERTE ! Irei abraça-la como um cavalo louco.
04 de Dezembro de 2014.
aNTÓNIODEmIRANDA