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quinta-feira, 27 de junho de 2019
SEC`ADEGAS _ press release_2019.06.27
Expressamente vinda de “Las Vergas”, os SEC`ADEGAS, porventura a mais esdrúxula banda da Serra da Mira, fará, isto é, se as condições etílicas tal permitirem, uma aparição "iconoclasta" digna dos piores encómios.
Tudo do melhor para os nubentes, para os moinantes, e, sobretudo para quem nos irá ouvir.
Amai-vos uns aos outros, que os dias que correm, não estão para brincadeiras de má índole.
quarta-feira, 26 de junho de 2019
terça-feira, 25 de junho de 2019
ESTOU PRONTO
Não estou para gastar a vida observando os medos a crescer. Nunca nada comprou a beleza do tempo que me abandona. Deitado num baú de suposições, o cansaço oferece-me uma forma de envelhecer, ostentando o monstro da mentira, que diz que estou na mesma. Jogo para os bonecos, e, só me saem cabeçudos. Continuo a nada perceber da preocupação alicerçada na incoerência. Portanto, não respeito a indignação, como salada de percalços, marinada num molho de lágrimas naufragadas num horizonte enferrujado. Para isto, estou sempre pronto. Permanentemente atento para sair dos planos da glória. Continuo a esconder as lâminas que cortejam a pele. Quero queimar as acendalhas da esperança inútil, e, esfaquear as armadilhas, que um dealer sem direitos de autor, tenta vender. Trafiquei o incenso da espera, que prometia o melhor caminho de desespero. Admiro os sangues oferecidos, embora esteja sempre longe do lugar que pensava me pertencia. Não passa de um vomitado, a certeza que tenta iludir-me. Tenho no ousar, um delírio nunca acabado, um destino pré-comprado para a pousada dos beijos não magoados. Morro muitas vezes num silêncio casto, enquanto a noite me oferece um vagar abençoado, para não atrapalhar a troca dos presentes. Não consigo correr mais do que este abandono, que me ilude com a oferta perfeita, tocada no tambor da pele quebrada sem artifícios para trocar.
Os meus heróis não passam de fantasmas.
Estou pronto para o último carimbo no passaporte.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
AMAR-TE É A MINHA TRAIÇÃO
Invocámos o amor eterno,
mesmo sabendo que o inferno
já não ardia como era costume.
E tu
a dizer que o modo como amo
tem o sabor de um jogo repetido.
Amar-te
é a minha
traição.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
mesmo sabendo que o inferno
já não ardia como era costume.
E tu
a dizer que o modo como amo
tem o sabor de um jogo repetido.
Amar-te
é a minha
traição.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
segunda-feira, 24 de junho de 2019
ROTINA NÃO DIÁRIA
gostar de ti
para sempre
só se for
numa rotina não diária
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
ESPERO OUTRAS VOZES
Não compreendo a urgência deste silêncio,
que insiste em sentar-me na cadeira dos soluços. Não quero saber da ternura que empresta ao entardecer, um sufoco envolto
em lençóis da mais astuta crueldade.
Desligo as importâncias traídas, cumprimento lábios imaginários, pintados em tons de papoilas mentirosas. Não consigo passar para o que de mim irá vir. Derreto-me em fingidas convicções, numa aliança que nunca coube no meu pensamento.
Espero outras vozes,
um suave arfar de passos
que não magoem
os sons
que
desejo
ouvir.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
Desligo as importâncias traídas, cumprimento lábios imaginários, pintados em tons de papoilas mentirosas. Não consigo passar para o que de mim irá vir. Derreto-me em fingidas convicções, numa aliança que nunca coube no meu pensamento.
Espero outras vozes,
um suave arfar de passos
que não magoem
os sons
que
desejo
ouvir.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
quinta-feira, 20 de junho de 2019
VOU TELEFONAR AO FRANK ZAPPA
Tenho de ajardinar o caminho. Mudar de canteiro, quebrar o mundo em doces porções de simpatia não envergonhada. Recuso-me a celebrar qualquer dor, que aprisione as decisões que pretendo seguir. Estou farto desta serra, que só quer fazer de mim bocados sem alegria. Não sei colar ondas, nem juntar os pedaços, para uma absolvição inútil. Não sei onde fica o longe, deste lugar que me desocupa. Falo com vozes que não me entendem, gritos com sons que cortam, e abraços que me levam aos beijos das paredes forradas com comprimidos. Sou o mínimo do nada, envolto numa importância dirigida a uma mãe que nunca me pertenceu. Jogo sem graça, neste passar de trapaça para as pontes do precipício. Não passo de um sorriso articulado num shaker, convidado para o mais indecente cocktail. Alguém sem saber, beberá a minha indignação com pedras aborrecidas no meu desgosto. Possivelmente, embarcarei num qualquer dilúvio, agarrado a uma sorte ressequida, que , terá todo o prazer de adiar a minha salvação. Darei à costa numa maré não acontecida, escondido num abrigo condignamente não identificado. O que me falta? Ladrilhar vontades impregnadas de speed, uma loção inequívoca para o acordar, desenhos optimistas no olhar, uma perspectiva corajosa para abrir sonhos.A minha cabeça oferece-me ritmos de nenhuma nitidez, coisa que assiduamente me deslumbra. O plausível não me agrada, mas, em boa verdade, o certo não me satisfaz. Balanço os ombros com todo o cuidado, para não preocupar o esqueleto, e adoço o desejo com gotas do elixir mais afamado. Beijo na guitarra, felicidades mesmo desafinadas, com acordes não conflituosos. Desaperto o cinto das memórias obrigatórias.
Vou telefonar ao Frank Zappa, para agendar um abraço.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
MEMÓRIAS GLORIOSAS
Disseram-me que a recolha era para despistar uma situação, da qual eu nunca desconfiei. Uma análise corriqueira para verificar se havia sangue na minha merda. Nunca se preocuparam com os fluxos que muitas vezes, tentaram infernizar a minha vida. Fico indiferente a este mentiroso cuidado, até porque a saúde, sempre que pode, vai oferecendo ternuras que muito prezo. Este tipo de patranhas, receito-as à minha peçonha, com todo o respeito pela consideração que nutre por mim. Estou na idade mais perigosa do meu tempo, e este, quando não está distraído, conjuga um futuro com muitos presentes obscenos. Assim nos aturámos, em longas cadeiras de lona, manchadas pelas mais belas nódoas do asco.
É um pingue-pongue que jogámos descalços, para não atrair curiosos sem escrúpulos.
Ficamos naquele véu de fumos, enquanto o relógio vai salgando memórias gloriosas.
COLTRANE
Dança no sax um fado triste,
uma ausência constante
naquele olhar que só as
estrelas podem molhar. As
mãos afagam delírios
que unicamente lhe pertencem.
Nas esquinas que o conduzem
a nenhum dos lugares,
há um som escondido
no caminhar para o crepúsculo
dos deuses com alma.
No riscado LP,
escovo para a memória,
um pó sagrado.
Gosto!
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
Gosto!
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
DECEPÇÃO
Escrevo-te a única carta nesta noite que tarda a embalar-me. Mentiste luas tristes coladas nos anúncios do consolo ausente. Tentei gostar de ti, mas, demasiados nomes feriram a minha vontade. Nunca duvidei do teu preço, embora estranhasse a pressa do prazer, que, acreditei, era o outro lado do meu. No 326, enrolaste o corpo oleado, na minha pele enrugada, e cheguei a pensar, que, naquele momento, era o amante mais decente do rol dos desejos apetecidos. Rasguei aquele papel, porque percebi que irei acabar antes de um qualquer adeus. Nesta idade, só resta lamentar a teimosia da minha necessidade de consolo. E, como Stig Dagerman escreveu, essa é impossível de satisfazer. Dei por mim a chorar, que já não me apeteces. Guardei no sovaco, o cheiro efémero do teu gemido. Mas, a estima é um suor peneirado pelo tempo, uma angústia mais tarde arrependida, um nó que corta a ferida.
Vou caminhando suavemente na canção que abraça o fim, embora confortar a tristeza dê sempre muito trabalho.
Digo até logo, e, sinceramente, pouca importância terá, o que vier depois.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
CECIL TAYLOR
Sacudia a extravagância no
teclado do piano.
Naquela noite de `77,
Naquela noite de `77,
embebedei-me para sempre,
com aquele som que não
queria fugir dos ouvidos.
Na praia de Espinho,
o frio do mar,
continuava o concerto
com notas que tentavam
adormecer o saco-cama.
E, eu, rezava com as estrelas,
privilégios do mais feliz habitante
do império com sentidos.
Queria abraçar aquele anjo com fumo,
e remar nas suas ondas de incenso,
a exactidão da loucura
que há muito procurava.
Taylor entregava abraços
ungidos de liberdade,
e, eu, na maré dos 22 anos,
cavalgava mundos naquela mala.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
AMAR-TE É A MINHA CONFUSÃO
Invocámos o amor eterno,
mesmo sabendo que o inferno
já não ardia como era costume.
E tu
a dizer que o modo como amo
tem o sabor de um jogo repetido.
Amar-te
é a minha
confusão.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
mesmo sabendo que o inferno
já não ardia como era costume.
E tu
a dizer que o modo como amo
tem o sabor de um jogo repetido.
Amar-te
é a minha
confusão.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
sexta-feira, 14 de junho de 2019
A LUA NÃO CABE EM TODO O MUNDO
Quando os meus dedos saem da tua pele,
e os meus olhos diluídos
na procura do pecado que me ofereces,
escondem as noites sem ti,
embalo a canção triste,
num desabafo que sempre me trai.
Finjo na tua boca
o abraço perdido.
A lua não cabe em todo o mundo.
,2017out_aNTÓNIODEmIRANDA
e os meus olhos diluídos
na procura do pecado que me ofereces,
escondem as noites sem ti,
embalo a canção triste,
num desabafo que sempre me trai.
Finjo na tua boca
o abraço perdido.
A lua não cabe em todo o mundo.
,2017out_aNTÓNIODEmIRANDA
quinta-feira, 13 de junho de 2019
terça-feira, 11 de junho de 2019
segunda-feira, 10 de junho de 2019
2014 PORTUGAL (como se fosse poema) #Livraria Buenos Aires#_tea for one_2015
Portugal !
Agora sou um pedinte !
Mas, não te preocupes :
Isto é só uma espécie de poema.
Eu sei perfeitamente
Que a não notícia da minha morte
Passará despercebida.
Escreverei
No testamento que te vou enviar
Que as tuas pedras
Não me ferem tanto
Como os discursos impregnados de mentiras
Pronunciados em conferências de imprensa,
Onde mentes uma fingida preocupação.
& costumava ser tão fácil gostar de ti
Quando poderei entrar num supermercado
E comprar o que me faz falta
Com a minha pobreza ?
Portugal ! 2014 !
O meu nojo tem mais idade
E eu quero morrer
Antes do tempo confirmar a tua mentira.
Prometes tudo
E tudo me roubaste.
Nem 1 cêntimo foi devolvido.
Portugal !
Não fiquei surpreendido.
Tu és como um penico :
Mesmo vazio, ocupa espaço.
& costumava ser tão fácil gostar de ti.
Cheguei a ser feliz com o sabor da tua ilusão.
Que sonho eu aqui à beira mar plantado
Onde a não notícia da minha dor
passa despercebida ?
Mas, não te preocupes :
Não faças isso por mim :
Isto é só uma espécie de poema.
Portugal !
Da tua incoerência
Herdei a insustentável rudeza
De nada ter.
Agora sou um pedinte !
& costumava ser tão fácil escrever poesia !
A minha raiva
Não acontece para te agradar.
Agora sou um pedinte !
Mas não te preocupes :
Isto é só um poema.
Portugal !
És agora um país
De putos e meninas :
Eles enchem o cu
Elas ocupam as vaginas.
Portugal !
Eu não estou contente.
Vejo os teus desempregados a chorar
Vejo tanta gente a partir
Vejo a tua inversão de perspectiva
Vejo os teus velhos abandonados
Desejando aquilo que nunca deveria acontecer :
Acreditaram no teu sonho
E agora vejo nos seus olhos
Uma indigna condição
Uma vontade apressada de morrer.
Portugal ! 2014 !
59 anos | 47 anos de trabalho
47 anos legalizados pelo teu roubo ilegal .
Portugal !
Vivemos o tempo dos assassinos !
Dos mentecaptos !
Dos inúteis !
Dos inaptos !
Dos cretinos !
Dizes que é para o nosso bem,
Mas porque sentimos
Que nos estás a matar com tantos mimos ?
Portugal !
O teu falhanço nem sequer foi grande coisa.
Não me apeteces !
Já não posso morrer por ti.
Quando te cansarás
Da árdua tarefa de libertares os teus ladrões ?
Portugal !
A minha cabeça tem uma estranha ideia.
O teu estado é caótico.
Estou imbuído de um espírito antagónico.
Tem cuidado : o meu pénis é atómico.
O meu desejo é automático.
Estou farto dos turistas do eléctrico 28
( Quando é que os informas
que comprar o bilhete com a merda de uma nota
de 50 euros, deixa-me abusivamente quilhado ?)
Portugal !
Agora nada posso impedir.
Vou dizer
E nem sequer é foleiro :
Já foste um país porreiro !
Portugal !
Vendeste-te á puta errada :
A ângela não gosta de ser fodida !
Não tiveste cuidado
E ela é manhosa.
Portugal !
Mandaste-me á merda
Sempre que te disse :
Ela é perigosa.
Portugal !
Vais morrendo
Matando cinicamente
Um povo que lava no rio da grande desilusão
As tábuas do seu próprio caixão.
.2014antóniodemiranda
Agora sou um pedinte !
Mas, não te preocupes :
Isto é só uma espécie de poema.
Eu sei perfeitamente
Que a não notícia da minha morte
Passará despercebida.
Escreverei
No testamento que te vou enviar
Que as tuas pedras
Não me ferem tanto
Como os discursos impregnados de mentiras
Pronunciados em conferências de imprensa,
Onde mentes uma fingida preocupação.
& costumava ser tão fácil gostar de ti
Quando poderei entrar num supermercado
E comprar o que me faz falta
Com a minha pobreza ?
Portugal ! 2014 !
O meu nojo tem mais idade
E eu quero morrer
Antes do tempo confirmar a tua mentira.
Prometes tudo
E tudo me roubaste.
Nem 1 cêntimo foi devolvido.
Portugal !
Não fiquei surpreendido.
Tu és como um penico :
Mesmo vazio, ocupa espaço.
& costumava ser tão fácil gostar de ti.
Cheguei a ser feliz com o sabor da tua ilusão.
Que sonho eu aqui à beira mar plantado
Onde a não notícia da minha dor
passa despercebida ?
Mas, não te preocupes :
Não faças isso por mim :
Isto é só uma espécie de poema.
Portugal !
Da tua incoerência
Herdei a insustentável rudeza
De nada ter.
Agora sou um pedinte !
& costumava ser tão fácil escrever poesia !
A minha raiva
Não acontece para te agradar.
Agora sou um pedinte !
Mas não te preocupes :
Isto é só um poema.
Portugal !
És agora um país
De putos e meninas :
Eles enchem o cu
Elas ocupam as vaginas.
Portugal !
Eu não estou contente.
Vejo os teus desempregados a chorar
Vejo tanta gente a partir
Vejo a tua inversão de perspectiva
Vejo os teus velhos abandonados
Desejando aquilo que nunca deveria acontecer :
Acreditaram no teu sonho
E agora vejo nos seus olhos
Uma indigna condição
Uma vontade apressada de morrer.
Portugal ! 2014 !
59 anos | 47 anos de trabalho
47 anos legalizados pelo teu roubo ilegal .
Portugal !
Vivemos o tempo dos assassinos !
Dos mentecaptos !
Dos inúteis !
Dos inaptos !
Dos cretinos !
Dizes que é para o nosso bem,
Mas porque sentimos
Que nos estás a matar com tantos mimos ?
Portugal !
O teu falhanço nem sequer foi grande coisa.
Não me apeteces !
Já não posso morrer por ti.
Quando te cansarás
Da árdua tarefa de libertares os teus ladrões ?
Portugal !
A minha cabeça tem uma estranha ideia.
O teu estado é caótico.
Estou imbuído de um espírito antagónico.
Tem cuidado : o meu pénis é atómico.
O meu desejo é automático.
Estou farto dos turistas do eléctrico 28
( Quando é que os informas
que comprar o bilhete com a merda de uma nota
de 50 euros, deixa-me abusivamente quilhado ?)
Portugal !
Agora nada posso impedir.
Vou dizer
E nem sequer é foleiro :
Já foste um país porreiro !
Portugal !
Vendeste-te á puta errada :
A ângela não gosta de ser fodida !
Não tiveste cuidado
E ela é manhosa.
Portugal !
Mandaste-me á merda
Sempre que te disse :
Ela é perigosa.
Portugal !
Vais morrendo
Matando cinicamente
Um povo que lava no rio da grande desilusão
As tábuas do seu próprio caixão.
domingo, 9 de junho de 2019
sábado, 8 de junho de 2019
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO
Orai por nós:
Os desertores da infâmia.
Os que com sangue regam gota a gota
as rosas com espinhos arrependidos.
Os que estão sempre prontos para cair na tentação.
Os que só ajoelham para determinada posição.
Os pervertidos da glória.
Os travestidos da memória.
Os que continuam a sonhar com outra coisa.
Os que não fazem outra coisa senão sonhar.
Os que teimam em tapar o buraco
da camada do ozono com bolas de naftalina.
Os que só pensam em introduzir no buraco do Osório.
Os que se vendem mesmo por preço irrisório.
Os sérios, os graves, os desanimados.
Os ridículos, os burlescos, os grotescos, os cómicos.
Os bizarros, os pífios, os tolos, os engraçados.
Os gozados, os satíricos, os caricatos.
Os disformes, os velhacos.
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO.
Os preocupados sem futuro.
Os desocupados no futuro.
Os medíocres.
Os que escrevem arritmias nos murais
das redes sociais.
Os que injectam doses optimistas.
Os que mantêm teimosamente
ventríloquos tresloucados
E entopem artérias
com todos os sentidos proibidos.
Os que amam nos tempos difíceis.
Os que dormem na vertical.
Os que morrem à pressa.
Os que demoram a viver.
Os que nos aborrecem sordidamente.
Os que usam nós de gravata
completamente desafinados.
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO.
Os mal-educados.
Os analistas do fluído vaginal.
Os que pedem sempre desculpa numa frequência imoderada.
Os indiferentes.
Alguns indigentes.
Os menos inteligentes.
A carpideira.
A moçoila namoradeira.
O petiz aprendiz.
Os que não corroem a corrupção.
Os fatídicos.
Os distraídos.
Os mal dizentes.
Os mordedores de inveja.
Os sábios sem nexo.
Os que não têm de nós boas ideias.
Os que fugiram à boleia e voltaram de táxi.
O difícil sem fácil.
Os pensamentos mal frequentados.
Os esquisitos.
Os requentados.
Os esquentados.
Os bons e os malvados.
Os putativos.
Os inerentes.
A barata no topo do bolo.
O engraçado que só é tolo.
A dignificação.
A insubmissão.
A sublimação.
A efervescência.
O esturro do tacho.
Quem se deixa ser capacho.
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO.
A sílaba mal colocada.
O ponto sem nó.
,2016,07aNTÓNIODEmIRANDA
Os desertores da infâmia.
Os que com sangue regam gota a gota
as rosas com espinhos arrependidos.
Os que estão sempre prontos para cair na tentação.
Os que só ajoelham para determinada posição.
Os pervertidos da glória.
Os travestidos da memória.
Os que continuam a sonhar com outra coisa.
Os que não fazem outra coisa senão sonhar.
Os que teimam em tapar o buraco
da camada do ozono com bolas de naftalina.
Os que só pensam em introduzir no buraco do Osório.
Os que se vendem mesmo por preço irrisório.
Os sérios, os graves, os desanimados.
Os ridículos, os burlescos, os grotescos, os cómicos.
Os bizarros, os pífios, os tolos, os engraçados.
Os gozados, os satíricos, os caricatos.
Os disformes, os velhacos.
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO.
Os preocupados sem futuro.
Os desocupados no futuro.
Os medíocres.
Os que escrevem arritmias nos murais
das redes sociais.
Os que injectam doses optimistas.
Os que mantêm teimosamente
ventríloquos tresloucados
E entopem artérias
com todos os sentidos proibidos.
Os que amam nos tempos difíceis.
Os que dormem na vertical.
Os que morrem à pressa.
Os que demoram a viver.
Os que nos aborrecem sordidamente.
Os que usam nós de gravata
completamente desafinados.
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO.
Os mal-educados.
Os analistas do fluído vaginal.
Os que pedem sempre desculpa numa frequência imoderada.
Os indiferentes.
Alguns indigentes.
Os menos inteligentes.
A carpideira.
A moçoila namoradeira.
O petiz aprendiz.
Os que não corroem a corrupção.
Os fatídicos.
Os distraídos.
Os mal dizentes.
Os mordedores de inveja.
Os sábios sem nexo.
Os que não têm de nós boas ideias.
Os que fugiram à boleia e voltaram de táxi.
O difícil sem fácil.
Os pensamentos mal frequentados.
Os esquisitos.
Os requentados.
Os esquentados.
Os bons e os malvados.
Os putativos.
Os inerentes.
A barata no topo do bolo.
O engraçado que só é tolo.
A dignificação.
A insubmissão.
A sublimação.
A efervescência.
O esturro do tacho.
Quem se deixa ser capacho.
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO.
A sílaba mal colocada.
O ponto sem nó.
A exclamação desfocada.
Os desarrumados mentais.
E também os sentimentais.
Os que confundem bóbós com papos de anjo.
O padre que diz que perdoa.
O pecado que não magoa.
Os curandeiros mal tratados
Os políticos menstruados.
E também os sentimentais.
Os que confundem bóbós com papos de anjo.
O padre que diz que perdoa.
O pecado que não magoa.
Os curandeiros mal tratados
Os políticos menstruados.
O deputado marmanjo.
Os que tomam conta de nós.
Os que às vezes odeiam
e arrefecem na fogueira
sacrifícios a um deus desconhecido.
Os autoclismos desprezados.
Os desenganados do amor.
O amor não reconhecido.
Os epitáfios não lidos.
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO.
Os incautos. Os perdulários.
Os que tomam conta de nós.
Os que às vezes odeiam
e arrefecem na fogueira
sacrifícios a um deus desconhecido.
Os autoclismos desprezados.
Os desenganados do amor.
O amor não reconhecido.
Os epitáfios não lidos.
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO.
Os incautos. Os perdulários.
Os inaptos.
Os inadaptados.
Os inadaptados.
Os adoptados.
Os arautos.
Os arautos.
Os anormais.
Os colegiais.
Os coloquiais.
Os que gritam Toni faz-me um filho
mesmo sabendo que eu só me chamo António.
Os que me pedem a camisola,
não se importando com o frio que depois teria.
Os agradecimentos.
Os coloquiais.
Os que gritam Toni faz-me um filho
mesmo sabendo que eu só me chamo António.
Os que me pedem a camisola,
não se importando com o frio que depois teria.
Os agradecimentos.
Os sentimentos.
As mulheres mal-aventuradas
e também as desgraçadas.
As menos interessantes.
As mulheres mal-aventuradas
e também as desgraçadas.
As menos interessantes.
As de ventre inchado.
As desconfiadas.
Os epicentros.
As desconfiadas.
Os epicentros.
Os retábulos.
Os oráculos.
Os oratórios.
Os oratórios.
Os sacrários.
Os dromedários.
Os anjos sem cabecinha e com asas de cebolada.
Os conventos.
Os anjos sem cabecinha e com asas de cebolada.
Os conventos.
As carmelitas.
As recolhidas.
As recolhidas.
As não escolhidas.
As que f…. às escondidas.
As noviças.
As que f…. às escondidas.
As noviças.
As nabiças.
As metediças.
As metediças.
As mestiças.
As clandestinas e as dominicanas.
As virgens imaculadas.
As clandestinas e as dominicanas.
As virgens imaculadas.
As louras.
As oxigenadas.
As infectadas.
As infectadas.
As perfuradas.
Os eclesiásticos da parábola do falo.
Os faloqueiros e azeiteiros.
A serenidade embutida nas alas psiquiátricas.
Os obscenos.
Os eclesiásticos da parábola do falo.
Os faloqueiros e azeiteiros.
A serenidade embutida nas alas psiquiátricas.
Os obscenos.
Os helénicos.
Os frenéticos.
Os morenos.
Os morenos.
Os patéticos.
Os angélicos.
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO.
A beleza da incerteza.
As musas mediáticas e as dores ciáticas.
A visita guiada.
ORAI POR NÓS, MAS NÃO PERCAM MUITO TEMPO.
A beleza da incerteza.
As musas mediáticas e as dores ciáticas.
A visita guiada.
A colaboração.
A pena.
A pena.
A temperatura amena.
O turismo sexual.
O casamento conveniente.
A proposta indecente.
O anel de diamante.
As bodas de fígado.
O turismo sexual.
O casamento conveniente.
A proposta indecente.
O anel de diamante.
As bodas de fígado.
A foto à la minute.
O minete feito à pressa.
O minete feito à pressa.
O linguado desajeitado.
O orgasmo não adquirido.
Os onanismos coerentes.
As práticas indecentes
O resto que nunca interessa.
A faca na liga.
O orgasmo não adquirido.
Os onanismos coerentes.
As práticas indecentes
O resto que nunca interessa.
A faca na liga.
A cintura descaída.
O peito flácido.
O peito flácido.
A ária do Plácido.
O domingo soalheiro.
O domingo soalheiro.
O furo no mealheiro.
O jet leg. O jet set. O cinc à sec.
Os astronautas e argonautas.
Os anabolizantes e fertilizantes.
Os debutantes e os não principiantes.
A família que não escolhemos.
A paciência que não pudemos.
A fodação Internacional.
A importância do espanador.
Os suicídios que estão para vir.
Os que gastam a vida a carpir.
Orai agora por mim.
Aquele que nunca será o vosso salvador.
O jet leg. O jet set. O cinc à sec.
Os astronautas e argonautas.
Os anabolizantes e fertilizantes.
Os debutantes e os não principiantes.
A família que não escolhemos.
A paciência que não pudemos.
A fodação Internacional.
A importância do espanador.
Os suicídios que estão para vir.
Os que gastam a vida a carpir.
Orai agora por mim.
Aquele que nunca será o vosso salvador.
quinta-feira, 6 de junho de 2019
terça-feira, 4 de junho de 2019
AGASALHEM-SE!
Diziam aqueles que nada daquilo compreenderam, que realmente ele era diferente.
Os menos resignados afirmavam mesmo, que apesar de tudo, talvez não fosse má pessoa.
Ele, (liberto de toda a imensidão da hipocrisia), continuava a ignorar a perniciosa adulação, enquanto mastigava a habitual pastilha do nojo.
E na conferência dos dias azedos, jamais se esquecia da oração dos estúpidos, que pensam que um dia irão morrer como ele quis.
Paz á vossa alma!
Tenham cuidado!
Agasalhem-se!
Contrariamente ao que se pensa, no vosso inferno faz um frio de gemer.
E as formigas têm uma grande dificuldade para armazenar esterco congelado.
,2019mai_aNTÓNIODEmIRANDA
segunda-feira, 3 de junho de 2019
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