Pesquisar neste blogue
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
domingo, 30 de dezembro de 2018
ALLEN GINSBERG _BLUES DE LA IMPUNIDAD VIRTUAL / Versión de Ana Becciu (alforja)
Con impunidad virtual Clinton consiguió fondos para su campaña
de los chinos rosa
Con impunidad virtual los peones de la Contra CIA
vendieron Cocaína y enfermedad
en L.A. y Minneapolis
Con impunidad virtual el FBI incendió Waco apocalíptico
Con impunidad virtual el gobierno empezó a aplicar matrículas
enormes en los colegios públicos
Con impunidad virtual la FCC y el Congreso dieron su OK a la
censura fundamentalista en la Radio
Con impunidad virtual los Valores de la Familia insultaron a las damas,
los gays y los afroamericanos
Con impunidad virtual el Papa prohibió en el planeta el control de
la natalidad
Con impunidad virtual Carolina del Norte prohibió la sodomía en
el agujero equivocado
Con impunidad virtual los chinos prohibieron el nuevo lenguaje eléctrico
Con impunidad virtual los capos de la lotería albanesa compraron
y vendieron elecciones
de los chinos rosa
Con impunidad virtual los peones de la Contra CIA
vendieron Cocaína y enfermedad
en L.A. y Minneapolis
Con impunidad virtual el FBI incendió Waco apocalíptico
Con impunidad virtual el gobierno empezó a aplicar matrículas
enormes en los colegios públicos
Con impunidad virtual la FCC y el Congreso dieron su OK a la
censura fundamentalista en la Radio
Con impunidad virtual los Valores de la Familia insultaron a las damas,
los gays y los afroamericanos
Con impunidad virtual el Papa prohibió en el planeta el control de
la natalidad
Con impunidad virtual Carolina del Norte prohibió la sodomía en
el agujero equivocado
Con impunidad virtual los chinos prohibieron el nuevo lenguaje eléctrico
Con impunidad virtual los capos de la lotería albanesa compraron
y vendieron elecciones
A NOITE CAI NESTE MUNDO DESABRIGADO
Que poemas poderei escrever, eu o miserável não arrependido, anónimo sobrevivente desta infâmia incólume, que queima a chuva que agarro com estas mãos prenhes de promessas inocentes. Alguém me valha no meu querer de não me salvar, com que humedeço lágrimas do céu que me agradecem o breve instante do arranhão onde guardo todos os beijos. Que escrevo eu, sonhador de tantos rebanhos? Amai-vos aos poucos com letras de sangue nestas palavras lambidas que escorrem pelo poema. Estado liquido, lacre queimado em todas as vírgulas, seladas gota a gota neste bico de bunsen.
Tenho nas mãos a bíblia da sobrevivência avariada, uma chamada nunca atendida, suspensórios ilusórios e uma fisga sem pontaria, amiga da rota de colisão. Embrulho-me na razão excluída, no hat-trick fora de jogo com trivela mal parida, bandeira ferida e olhos aos molhos vendidos como couves na mercearia onde os nabos não conseguem sacudir a água do capote. Câmara retardada, lente constipada, transformadas em bolas de Berlim, percorrem ano após ano o santuário onde os anjos não querem dormir. Ok, Marta! Já o tenho seguro!
E caminho com um jerrican de 5 litros.
Desculpa, já não me porto como dantes.
Longos dias têm horas indecentes, marés estupidamente teimosas e sonhos banhados em canelas açucaradas. Triste tempero em algodão hidrófilo, só para afinar os ponteiros do relógio que fugiu daquela feira.
Impulsos sonolentos não acordam os obstruídos mentais.
A noite cai neste mundo desabrigado com vidas de partidas choradas.
De nada servem os poemas.
E arrependimentos como habitualmente
sem significado, devem ficar na tecla do voltar atrás, como é nossa usual conveniência. Recostados no controle do saldo do cartão de crédito, amanhã iremos ser de certeza moderados no fútil consumo, respeitando assim um minuto de insolvência.
,2017,mai_.aNTÓNIODEmIRANDA
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
A TAXA DA SOBREVIVÊNCIA CONTINUA A ENRUGAR
Propuseram-me sempre o caminho certo.
Limitei-me a seguir as curvas que o enganavam.
Nunca fiz batota nesta mesa. Desfiz todos os bluffs.
Cresci numa cidade da província e ganhei todos os jogos da infância.
Fui toureiro, imitação de padre, e, para a idade, um bem sucedido chavalo de negócios, (razoavelmente pago), na actividade de acólito de funerais.
Vou mantendo com a vida o duelo sempre pronto a derrotar-me.
Mas, mais rápida que o disparo, continua esta vontade de não desistir. Não cultivo o acto de perdoar, muito menos o lamento da falta de coragem.
Agora que estamos sós, isto é, eu comigo mesmo, chegou a hora de dourarmos o cadáver e entregar as balas na repartição de finanças. A taxa da sobrevivência continua a enrugar.
CARTA MENSTRUAL
Sou virgem!
Eu sei que na minha idade
Eu sei que na minha idade
não será normal.
A castidade é um apêndice
A castidade é um apêndice
abusivamente inoperante,
inibidor e estúpido.
É necessário não sabotar
É necessário não sabotar
as boas hipóteses.
Não penso seriamente em nada.
Não desdenho possibilidades
Não penso seriamente em nada.
Não desdenho possibilidades
que me incomodam.
Limito-me a registar
Limito-me a registar
a sua não importância.
Outros dias virão,
afirmam os entendidos
Outros dias virão,
afirmam os entendidos
dos tratados da geriatria.
Sou do signo não-sei-quê,
portanto,
admito um ascendente deveras curioso.
2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
Sou do signo não-sei-quê,
portanto,
admito um ascendente deveras curioso.
A minha carta menstrual estará sempre dependente do diferencial entre mim, e, aquilo que julgam que sou.
LUBRIFICADO NA ALMA ERRADA
Sou apenas um homem usado,
2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
lubrificado na alma errada.
Tenho no depósito um nada sem sabor,
Tenho no depósito um nada sem sabor,
sempre pronto a cumprimentar
a chegada da brigada das más notícias.
Não preciso de mais tempo,
Não preciso de mais tempo,
para além daquele que vai torneando
a minha vontade.
SPAGHETTI...
Esconder-me de mim,
é um truque que já não me emociona.
Refugio-me na tela dos filmes negros,
e embalo o duelo ao entardecer
no charuto do Morricone.
Por um punhado de moedas,
estou sempre pronto,
para vender esta alma
com recheios de traição.
Sou um cowboy de imitação,
plastificado em séries de entretimento
duvidoso.
Entretanto o spaghetti...
arrefeceu.
2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
é um truque que já não me emociona.
Refugio-me na tela dos filmes negros,
e embalo o duelo ao entardecer
no charuto do Morricone.
Por um punhado de moedas,
estou sempre pronto,
para vender esta alma
com recheios de traição.
Sou um cowboy de imitação,
plastificado em séries de entretimento
duvidoso.
Entretanto o spaghetti...
arrefeceu.
CETIM BRANCO
Lembro-me de si, mãe.
Estou a chorar na varanda.
Não se preocupe.
Não estou triste.
Não ligue às lágrimas
2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
Estou a chorar na varanda.
Não se preocupe.
Não estou triste.
Não ligue às lágrimas
que me escorrem pela cara,
manchando estas palavras.
Mesmo assim,
manchando estas palavras.
Mesmo assim,
não consigo escrever a dor
de tanta ausência.
Continuo a dar corda ao tempo,
mas, o relógio está a ficar
Continuo a dar corda ao tempo,
mas, o relógio está a ficar
cada vez
mais cansado.
mais cansado.
CONTA-ME UMA HISTÓRIA
Conta-me uma história,
pedia-me a memória,
antes que acabe o copo.
A ideia ficou colada à rolha da garrafa,
e de repente, soltou um olhar
que aterrou nas minhas mãos.
Não sou de obrigações,
nem de faltar ao respeito à consideração.
Quebrei a cabeça em duas páginas,
e…
a página 1, era uma vez tu.
A página 2, vais sempre ser tu.
As vírgulas e os parágrafos,
serão sempre nós.
pedia-me a memória,
antes que acabe o copo.
A ideia ficou colada à rolha da garrafa,
e de repente, soltou um olhar
que aterrou nas minhas mãos.
Não sou de obrigações,
nem de faltar ao respeito à consideração.
Quebrei a cabeça em duas páginas,
e…
a página 1, era uma vez tu.
A página 2, vais sempre ser tu.
As vírgulas e os parágrafos,
serão sempre nós.
2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
SACO TÉRMICO
Homem casado,
com vícios ainda não definidos,
procura saco térmico
com alguma disponibilidade
para algumas horas
acutilantes.
nb: não respondo a prestamistas
nem a vendedores ambulantes.
com vícios ainda não definidos,
procura saco térmico
com alguma disponibilidade
para algumas horas
acutilantes.
nb: não respondo a prestamistas
nem a vendedores ambulantes.
2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
sábado, 8 de dezembro de 2018
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
O HÁLITO SALGADO
A pele estica-se fora da dor,
fugindo do sangue atropelado
pela lama da vida.
Tenho na mão
o hálito salgado
dos tempos morridos
desta espera constante.
Não posso pedir ajuda
a esta importância que me julga,
neste cambalear
com que embalo o meu vazio,
pensando iluminar as agruras
onde tanto me desanimei.
Estendo sorrisos
como se a eles alguém acenasse
e assim me envolvo em bolhas de cotão.
Vou passando em todas as ruas
como a areia do deserto
que sobrevive à falta da mais pequena ternura.
Chego sempre cansado
demasiado cansado
carregando o peso da minha ausência.
Descalço o olhar
escondo o desejo
alisando a memória
nas ilustrações esbranquiçadas
da minha ilusão.
Infinito é o bocejar do meu passado
feito com o polimento das pedras
que me atiraram.
Continuo apartado.
...depois de todo este tempo.
,2017jan_aNTÓNIODEmIRANDA
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
A GAIVOTA MORREU PASMADA NO AREAL
Agora sou um apêndice a descansar na prateleira x de uma qualquer estante no museu nacional da ternura amiga.
Sou mostrado em aplicações com detalhes da minha não autoria.
Uma relação sem causa nem efeito.
O que condiz comigo não tem qualquer avaliação.
Sou agora a espécie com agente de todo o tempo sem verdade, escrevendo os dias difíceis aparamentados nos corredores onde não tenho lugar.
Tudo é tão longe nestas selfies mal paridas com que pensamos ilustrar a saudade que já não nos pertence.
O mais que nos interessa não passa de um lugar onde penduramos desejos, um foyer descamisado com um cabide com o número previamente determinado.
Convite de uma promoção tão enganosa como a falta de interesse com que nos esquecemos.
Voltem sempre, é o habitual agradecimento daqueles que fazem de nós pacóvios.
Esta é a viagem inútil, do imenso roubo que nos dobrou a espinha, tornando-nos fantasmas sem a alegria da ficção.
Oh terra minha, que tanto me atraiçoas, não me consideres ainda tua pertença.
Não posso cantar-te nem nos cânticos paridos com prantos de alguém que gentilmente ousou acreditar em ti.
Nada sei do teu carma, nem do marujo que o enterneceu.
A gaivota morreu pasmada no areal.
2016,11aNTÓNIODEmIRANDA
Abílio Augusto Gonçalves de Miranda
4 Dez_1927| 3 Nov. 1987
Gaveta 2678 Cemitério da Amadora.
POEMA PARA OS MEUS PAIS
Solitário
No jardim das árvores brancas
Só tenho para vos dar
A rara rosa que embeleza a tristeza.
A distância
Nunca nos diminuiu,
Mas agora estou mais perto.
Perder-me-ei no caminho
Que não tem mais regresso.
aNTÓNIODEmIRANDA
Gaveta 2678 Cemitério da Amadora.
POEMA PARA OS MEUS PAIS
Solitário
No jardim das árvores brancas
Só tenho para vos dar
A rara rosa que embeleza a tristeza.
A distância
Nunca nos diminuiu,
Mas agora estou mais perto.
Perder-me-ei no caminho
Que não tem mais regresso.
aNTÓNIODEmIRANDA
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
domingo, 2 de dezembro de 2018
Subscrever:
Mensagens (Atom)