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sexta-feira, 30 de novembro de 2018
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
FUCK-MAIL
Ossos nas esquinas.
Coletes escondidos.
Cães de palha amansando latidos.
Onde se esconderam os sossegos sem medos que fintavam a tristeza?
Navegam arrependidos na barca das vidas não salvadas, e pintam bouquets enlatados na náusea, que nos traga a alegria.
Um final feliz, fica tão longe do nosso olhar, e as fintas que consolam a mentira, enfeitam maldosamente o porta-chaves da esperança.
Há agora, um silêncio magoado que dança a noite da solidão.
Está tão áspero este caminho, sem poetas com fé na esperança que prometeu nunca os abandonar.
Guardam-se numa máquina de escrever, sem histórias para contar, os abraços das folhas caídas.
Uma ideia sempre optimista.
Um nó para apertar,uma constelação constipada, e, um agradecimento timidamente arrependido.
Alguém vomita poemas contra a própria sombra, e na bebedeira do desgosto, implora a urgente significação da sua não identidade. Mas, Ele, ocupado como sempre, deixou uma mensagem no “fuck-mail”.
Os ossos cansados,
albergaram-se numa pilha.
Têm frio!
Puta que pariu a avaria no incinerador!
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
Coletes escondidos.
Cães de palha amansando latidos.
Onde se esconderam os sossegos sem medos que fintavam a tristeza?
Navegam arrependidos na barca das vidas não salvadas, e pintam bouquets enlatados na náusea, que nos traga a alegria.
Um final feliz, fica tão longe do nosso olhar, e as fintas que consolam a mentira, enfeitam maldosamente o porta-chaves da esperança.
Há agora, um silêncio magoado que dança a noite da solidão.
Está tão áspero este caminho, sem poetas com fé na esperança que prometeu nunca os abandonar.
Guardam-se numa máquina de escrever, sem histórias para contar, os abraços das folhas caídas.
Uma ideia sempre optimista.
Um nó para apertar,uma constelação constipada, e, um agradecimento timidamente arrependido.
Alguém vomita poemas contra a própria sombra, e na bebedeira do desgosto, implora a urgente significação da sua não identidade. Mas, Ele, ocupado como sempre, deixou uma mensagem no “fuck-mail”.
Os ossos cansados,
albergaram-se numa pilha.
Têm frio!
Puta que pariu a avaria no incinerador!
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
OUTROS SONHOS REGARÃO AS NOVAS FLORES
Uma rosa
desespera
pelo espinho
roubado.
Um espinho
desanimado
deseja picar
a rosa
que o abandonou.
A rosa
e o espinho
não podem viver
separados.
A vida é assim.
Outros sonhos regarão as novas flores.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
desespera
pelo espinho
roubado.
Um espinho
desanimado
deseja picar
a rosa
que o abandonou.
A rosa
e o espinho
não podem viver
separados.
A vida é assim.
Outros sonhos regarão as novas flores.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
INÚTIL TENTATIVA
O amor há muito que partiu,
só porque nunca estiveste presente.
E é assim,
que as lágrimas
passam pelo tempo.
&
o tempo
que assim pensamos
viver,
será sempre
o momento
da mais inútil
tentativa.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
só porque nunca estiveste presente.
E é assim,
que as lágrimas
passam pelo tempo.
&
o tempo
que assim pensamos
viver,
será sempre
o momento
da mais inútil
tentativa.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
A SOLIDÃO TEM OUTROS NOMES
Falam de ti, naquela carta
que baloiça no teu
pescoço.
O nó que tens na garganta,
é mostrado num anúncio
que conspira na tua pele.
O teu choro não importa,
o teu sorriso para nada serve.
A ambição morreu
antes de te tornares
pessoa.
A solidão
tem outros nomes,
não aqueles
que te escreveram.
Aqueces nas mãos
o esquecimento
com o que te fizeram,
enquanto aplausos
que nunca compreenderás,
acontecem no teu deitar.
Na tristeza da cama,
sonhos filmados nas paredes,
não passam de chuva que disfarça
todas as recusas.
Lágrimas aconchegam
a almofada dos desassossegos
que nunca te abandonam.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
que baloiça no teu
pescoço.
O nó que tens na garganta,
é mostrado num anúncio
que conspira na tua pele.
O teu choro não importa,
o teu sorriso para nada serve.
A ambição morreu
antes de te tornares
pessoa.
A solidão
tem outros nomes,
não aqueles
que te escreveram.
Aqueces nas mãos
o esquecimento
com o que te fizeram,
enquanto aplausos
que nunca compreenderás,
acontecem no teu deitar.
Na tristeza da cama,
sonhos filmados nas paredes,
não passam de chuva que disfarça
todas as recusas.
Lágrimas aconchegam
a almofada dos desassossegos
que nunca te abandonam.
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
terça-feira, 27 de novembro de 2018
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
domingo, 25 de novembro de 2018
FAREJADO PELA SORTE
Às vezes sinto que sou farejado pela sorte.
Também constato que nada se tem passado para além disso.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
Também constato que nada se tem passado para além disso.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
O QUE ACONTECE COM_ELA?
Casada _Católica
Depravada no_Confessionário
Só faz_Oral de costas para o Altar
Geme_Devagar
Mas,
O que se passa com o _Olhar?
Será pecado_Engolir?
Mentir o_Desejar?
E o marido á espera,
tirando a caspa da lapela.
O que acontece com_Ela?
Ultimamente tem chegado
sempre_atrasada.
Sem_Disposição,
_Cansada.
& à noite,
quando tento tocar-lhe...
não diz o meu Nome.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
Depravada no_Confessionário
Só faz_Oral de costas para o Altar
Geme_Devagar
Mas,
O que se passa com o _Olhar?
Será pecado_Engolir?
Mentir o_Desejar?
E o marido á espera,
tirando a caspa da lapela.
O que acontece com_Ela?
Ultimamente tem chegado
sempre_atrasada.
Sem_Disposição,
_Cansada.
& à noite,
quando tento tocar-lhe...
não diz o meu Nome.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
CARTA COM AVISO DE RECEPÇÃO
Agradeço encarecidamente o interesse manifestado.
Contudo, informo que a sua autoproclamada postura artística , não se coaduna com a minha linha motivacional.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
terça-feira, 20 de novembro de 2018
ACORDO PORNOGRÁFICO (Prazer exacerbado)
1*VEZ | ANJO DO AMOR | MEIGA SEXY TARADA INSACIÁVEL
| RATA BEM PELUDA | EM BRASA
| COM UMA PETENLHAÇA BEM JEITOSA
| SOU MUITO SAFADINHA NA CAMA
| TUDINHO SEM TABUS |
BELÍSSIMAS MAMAS GRANDES PARA FAZER UMA BOA ESPANHOLADA
| BOCÃO DE MEL | ORAL NATURAL ATÉ O FINAL
| BELO RABINHO TODO TEU
| ADORA LEVER POR TRÁS
| SOU MUITO CARINHOSA
| FAÇO CHUVA DOURADA
| TEMNHO ASSESSORIO PARA FAZER UM BELA BRINCADEIRA
| CONVÍVIO BEM PICANTE
| COMPLETO | E PURO
| DELÍRIOS
| VEM QUERIDO
| FAZ TODO BEM GOSTOSO
| EU ESTOU A ESPERA!!!
2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA
| RATA BEM PELUDA | EM BRASA
| COM UMA PETENLHAÇA BEM JEITOSA
| SOU MUITO SAFADINHA NA CAMA
| TUDINHO SEM TABUS |
BELÍSSIMAS MAMAS GRANDES PARA FAZER UMA BOA ESPANHOLADA
| BOCÃO DE MEL | ORAL NATURAL ATÉ O FINAL
| BELO RABINHO TODO TEU
| ADORA LEVER POR TRÁS
| SOU MUITO CARINHOSA
| FAÇO CHUVA DOURADA
| TEMNHO ASSESSORIO PARA FAZER UM BELA BRINCADEIRA
| CONVÍVIO BEM PICANTE
| COMPLETO | E PURO
| DELÍRIOS
| VEM QUERIDO
| FAZ TODO BEM GOSTOSO
| EU ESTOU A ESPERA!!!
2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA
ALUGAM-SE QUARTOS
O poeta,
descansa o olhar no cachimbo,
e folheia entre os dedos memórias sem alta definição.
Ata as palavras para que não fujam da algibeira, sossegando-as com o fumo que disfarça a fraqueza.
Desenha na ampulheta momentos que não quer esquecer.
Veste o pijama ao mar, aquece a areia na espuma do peito, e volta e meia, desaparece sem ninguém dar por isso.
Lá, naquele sítio, onde se atiram pedras à sorte, cães curiosos brincam à cabra-cega,
no calor da luz do farol.
A noite vai caindo,
agasalhada no sobretudo do nevoeiro.
Alugam-se quartos.
A lua sorri matreiramente.
2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA
descansa o olhar no cachimbo,
e folheia entre os dedos memórias sem alta definição.
Ata as palavras para que não fujam da algibeira, sossegando-as com o fumo que disfarça a fraqueza.
Desenha na ampulheta momentos que não quer esquecer.
Veste o pijama ao mar, aquece a areia na espuma do peito, e volta e meia, desaparece sem ninguém dar por isso.
Lá, naquele sítio, onde se atiram pedras à sorte, cães curiosos brincam à cabra-cega,
no calor da luz do farol.
A noite vai caindo,
agasalhada no sobretudo do nevoeiro.
Alugam-se quartos.
A lua sorri matreiramente.
2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
A REALIDADE ESTÁ NOUTRO FILME
É numa alcofa que escondo os silêncios que me comovem.
Embrulho-os em tons de rifas, para num sorteio batoteiro, adivinhar o destino que deitei fora.
O silêncio é um lugar sossegado que estendo na vida para o sol corar.
Afasto o tempo das horas más, e assim, tranquilizo a esperança despida do sentido da fé mentirosa.
Aguardo na porta ao lado, a entrega do aviso de recepção dos dias felizes.
O amanhã está escrito num calendário ardiloso, ilustrado com palavras que não conheço.
Tropeço na luz da pálida angústia,
e desligo a memória antes de acordar.
Bem-vindo à terra dos patetas!
É o que está escrito no tapete do paraíso.
Volto atrás sem sair do mesmo lugar.
Enganei-me na matrícula do sonho.
A realidade está noutro filme.
Embrulho-os em tons de rifas, para num sorteio batoteiro, adivinhar o destino que deitei fora.
O silêncio é um lugar sossegado que estendo na vida para o sol corar.
Afasto o tempo das horas más, e assim, tranquilizo a esperança despida do sentido da fé mentirosa.
Aguardo na porta ao lado, a entrega do aviso de recepção dos dias felizes.
O amanhã está escrito num calendário ardiloso, ilustrado com palavras que não conheço.
Tropeço na luz da pálida angústia,
e desligo a memória antes de acordar.
Bem-vindo à terra dos patetas!
É o que está escrito no tapete do paraíso.
Volto atrás sem sair do mesmo lugar.
Enganei-me na matrícula do sonho.
A realidade está noutro filme.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
O SONHO FICA SEMPRE FORA DO LONGE
Tu és a maçã da minha vida, acontecida em contramão,
num lúmen tão ardente, chama intransigente,
alegoria de estrela arrependida.
És uma causa perdida como toda a loucura medida, como se ama insanamente a paixão à deriva, onde eu perco a tua rota.
Bússola avariada sem seios proibidos
para que ardam todos os sentidos
como se fosse nossa a tua madrugada.
E transpiro o bafo quente da ousadia inventada, porque finalmente todos os desejos são possíveis.
E alinho num compasso o que de mim desfaço,
qual ângulo sem hipotenusa nesta dor confusa
onde só aconteço para voltar.
Mas, nada é demasiado simples!
Ainda mais o amor mais querido,
o embraço do beijo mais procurado.
E aqui, tão distante,
o sonho fica sempre fora do longe.
num lúmen tão ardente, chama intransigente,
alegoria de estrela arrependida.
És uma causa perdida como toda a loucura medida, como se ama insanamente a paixão à deriva, onde eu perco a tua rota.
Bússola avariada sem seios proibidos
para que ardam todos os sentidos
como se fosse nossa a tua madrugada.
E transpiro o bafo quente da ousadia inventada, porque finalmente todos os desejos são possíveis.
E alinho num compasso o que de mim desfaço,
qual ângulo sem hipotenusa nesta dor confusa
onde só aconteço para voltar.
Mas, nada é demasiado simples!
Ainda mais o amor mais querido,
o embraço do beijo mais procurado.
E aqui, tão distante,
o sonho fica sempre fora do longe.
,2016,08.aNTÓNIODEmIRANDA
sábado, 10 de novembro de 2018
A FULIGEM DOS DIAS CINZENTOS
Dizem que estou nervoso.
Mas eu não tenho disposição para
equações estúpidas.
E se é verdade que os tempos mudam,
nada melhor que uma pele escamada,
para sacudir a fuligem dos dias
cinzentos.
Vou deitar-me.
Abraçar o vermelho
dos sonhos que gostaria de lembrar.
Preciso urgentemente
de outras lâminas.
Falaram-me de um druida
que dourava as lágrimas amargas.
Confiei na sorte.
Mas continuo sem saber
onde a encontrar.
Era suposto um final minimamente
adequado.
Confesso.
Disto sou,
o último
culpado.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
Mas eu não tenho disposição para
equações estúpidas.
E se é verdade que os tempos mudam,
nada melhor que uma pele escamada,
para sacudir a fuligem dos dias
cinzentos.
Vou deitar-me.
Abraçar o vermelho
dos sonhos que gostaria de lembrar.
Preciso urgentemente
de outras lâminas.
Falaram-me de um druida
que dourava as lágrimas amargas.
Confiei na sorte.
Mas continuo sem saber
onde a encontrar.
Era suposto um final minimamente
adequado.
Confesso.
Disto sou,
o último
culpado.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
RODA DA FORTUNA
Não lamentes
o tempo que nunca
te pertencerá.
Fechaste as portas com a chave
da ferrugem do descrédito.
Ousaste o sonho mais errado,
enquanto a serenidade
que fugia do teu olhar,
pulava a trave
onde a esperança absurda
estava colada.
Calibraste a vontade
na bandeja do sarcasmo,
e,
descansaste no dia da 7ª hora.
gente acreditou
na tua tonta roda da
fortuna.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
o tempo que nunca
te pertencerá.
Fechaste as portas com a chave
da ferrugem do descrédito.
Ousaste o sonho mais errado,
enquanto a serenidade
que fugia do teu olhar,
pulava a trave
onde a esperança absurda
estava colada.
Calibraste a vontade
na bandeja do sarcasmo,
e,
descansaste no dia da 7ª hora.
gente acreditou
na tua tonta roda da
fortuna.
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
COBAIA
É redondo o mundo,
embora com tantos cantos para limar,
e julgámos pendurá-lo ao pescoço,
e assim distribuir gratuitamente a sua fatalidade.
Ando à sua procura, mas ninguém me avisou
da conspiração desta espera.
Não me posso fiar nas setas que me indicam uma direcção para mais tarde me envergonhar.
Fugir desta mentira com passos atrevidos
e avisá-lo da minha indisponibilidade.
Correr! Correr! Correr!
Numa fé estragada
com que primo teclas do multibanco
com juros cobrados à cabeça
para engordar o défice da infâmia.
Agora que sou a inerência do nada,
cobaia patrulhada num laboratório habitado por nanotecnologia infectada.
embora com tantos cantos para limar,
e julgámos pendurá-lo ao pescoço,
e assim distribuir gratuitamente a sua fatalidade.
Ando à sua procura, mas ninguém me avisou
da conspiração desta espera.
Não me posso fiar nas setas que me indicam uma direcção para mais tarde me envergonhar.
Fugir desta mentira com passos atrevidos
e avisá-lo da minha indisponibilidade.
Correr! Correr! Correr!
Numa fé estragada
com que primo teclas do multibanco
com juros cobrados à cabeça
para engordar o défice da infâmia.
Agora que sou a inerência do nada,
cobaia patrulhada num laboratório habitado por nanotecnologia infectada.
,2016,06aNTÓNIODEmIRANDA
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
STILETTO
Certificava o olhar com o velho rímel,
e o espelho mentiroso,
retocava a sua satisfação.
Lábios a condizer com a ousada lingerie,
advinhada no auspicioso decote
que enlevava o andar desenhado pelos stiletto.
Aprumada até à vagina,
ensaiava passos à la minute,
e,
continuava á espera,
do assobio vindo do sofá vazio.
Sempre vazio.
Já com o sabor do bolor do tempo,
que envelhece o desejo,
sofisticava a pele manchada
pelos beijos nunca acontecidos.
Cuspia na sorte
que a conduzia para o quarto.
Vazio.
Frio.
Como de costume...
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
e o espelho mentiroso,
retocava a sua satisfação.
Lábios a condizer com a ousada lingerie,
advinhada no auspicioso decote
que enlevava o andar desenhado pelos stiletto.
Aprumada até à vagina,
ensaiava passos à la minute,
e,
continuava á espera,
do assobio vindo do sofá vazio.
Sempre vazio.
Já com o sabor do bolor do tempo,
que envelhece o desejo,
sofisticava a pele manchada
pelos beijos nunca acontecidos.
Cuspia na sorte
que a conduzia para o quarto.
Vazio.
Frio.
Como de costume...
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
terça-feira, 6 de novembro de 2018
REQUIEM PARA UM RECÉM-NASCIDO
O silêncio é um lugar sossegado.
Há gajas boas todos os dias, e nos outros,
também não.
Deixa-nos cansados de tanto tentar abrir janelas,
para um olhar sem nada.
Quietos, na espera da manhã atrasada,
celebramos os coros da esperança sem sentido,
enquanto salgamos as feridas que nunca fogem de nós.
Alegramo-nos no futuro derrotado,
e fugimos num passo miúdo,
antes que as lágrimas se riam.
Abraçamos qualquer possibilidade,
ao som das trombetas tocadas por músicos de ocasião, mascarados de talhantes,
hábeis conhecedores da vindima do sangue.
Bebei agora, o que de mim resta!
Claro que é pouco.
&
sobretudo,
não presta.
Há gajas boas todos os dias, e nos outros,
também não.
Deixa-nos cansados de tanto tentar abrir janelas,
para um olhar sem nada.
Quietos, na espera da manhã atrasada,
celebramos os coros da esperança sem sentido,
enquanto salgamos as feridas que nunca fogem de nós.
Alegramo-nos no futuro derrotado,
e fugimos num passo miúdo,
antes que as lágrimas se riam.
Abraçamos qualquer possibilidade,
ao som das trombetas tocadas por músicos de ocasião, mascarados de talhantes,
hábeis conhecedores da vindima do sangue.
Bebei agora, o que de mim resta!
Claro que é pouco.
&
sobretudo,
não presta.
2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA
domingo, 4 de novembro de 2018
ENCONTRO IMPOSSÍVEL
Não há champanhe nesta taça.
Apenas a fome do desejo sem nexo,
uma fuga sempre presente,
para o horário roubado,
do comboio que trazia
o amor.
Há um postal,
sempre à espera de ser entregue.
Um bilhete qualquer,
sem resposta
para a dúvida habitual.
Corre o tempo,
naquela avenida abandonada,
beijando a pressa
do encontro impossível.
2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA
Apenas a fome do desejo sem nexo,
uma fuga sempre presente,
para o horário roubado,
do comboio que trazia
o amor.
Há um postal,
sempre à espera de ser entregue.
Um bilhete qualquer,
sem resposta
para a dúvida habitual.
Corre o tempo,
naquela avenida abandonada,
beijando a pressa
do encontro impossível.
2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA
ATÉ QUE ALMA LAVE O CORPO ESCONDEREI ESTE SENTIMENTO PARA A MANHÃ FELIZ
É possível que possas confiar em mim, sobretudo quando tenho as mãos no meio das tuas coxas.
Não duvides desta intenção, porque os poetas só escrevem verdades tacteando certas carnes.
Lembro-me de ti, sorrindo naquele acordeão que inventava os passos do caminho para a cama.
Luz apagada, desenhava poemas na tua pele e o teu arfar molhava os beijos que nos deitavam.
Cansados, rezamos a oração dos amantes ausentes para o acordar sem memória e um até logo que sempre partiu antes de nós.
Até que o sonho lave o meu corpo,
Não duvides desta intenção, porque os poetas só escrevem verdades tacteando certas carnes.
Lembro-me de ti, sorrindo naquele acordeão que inventava os passos do caminho para a cama.
Luz apagada, desenhava poemas na tua pele e o teu arfar molhava os beijos que nos deitavam.
Cansados, rezamos a oração dos amantes ausentes para o acordar sem memória e um até logo que sempre partiu antes de nós.
Até que o sonho lave o meu corpo,
esconderei este sentimento para a manhã feliz.
Let it roll, baby, roll!
Let it roll, all night long!
Let it roll, baby, roll!
Let it roll, all night long!
Melides,2017,jul_aNTÓNIODEmIRANDA
POESIA-ME
Não quero nada de profundo.
Já me basta o presente sem fundo
e um qualquer acaso sem caso que me preencha.
Talvez um anjo vagabundo me calque os ouvidos
sem as palavras certas
escritas na cortina
em forma de segredo.
Triste enredo voando na incerteza
como pássaro triste escurecendo o céu,
pintando a noite recolhida no ninho
que já não lhe pertence.
Não quero nada de profundo.
Nem sequer o poema onde tu já não cabes.
Talvez um momento sem efeitos secundários
nem princípios activos para a manutenção
do nível razoavelmente normal de colesterol.
Não quero nada de profundo.
Como se rezar antes de deitar
tingisse uma urgência
que também já não cabe em mim.
Poesia-me em lume brando
com o gume da chama violenta.
Poesia-me como se eu fosse o único poeta
que usa versos atados num punhal
onde ardem soluços em morte lenta.
Poesia-me
como se a poesia fosse sempre verdade.
Já me basta o presente sem fundo
e um qualquer acaso sem caso que me preencha.
Talvez um anjo vagabundo me calque os ouvidos
sem as palavras certas
escritas na cortina
em forma de segredo.
Triste enredo voando na incerteza
como pássaro triste escurecendo o céu,
pintando a noite recolhida no ninho
que já não lhe pertence.
Não quero nada de profundo.
Nem sequer o poema onde tu já não cabes.
Talvez um momento sem efeitos secundários
nem princípios activos para a manutenção
do nível razoavelmente normal de colesterol.
Não quero nada de profundo.
Como se rezar antes de deitar
tingisse uma urgência
que também já não cabe em mim.
Poesia-me em lume brando
com o gume da chama violenta.
Poesia-me como se eu fosse o único poeta
que usa versos atados num punhal
onde ardem soluços em morte lenta.
Poesia-me
como se a poesia fosse sempre verdade.
,2016,03aNTÓNIODEmIRANDA
sábado, 3 de novembro de 2018
O CAMINHO SEM VOLTA
Um homem sentou-se sozinho no meio da sua tristeza, e, escutou uma voz que lhe disse:
não serás nunca o único.
Já não sou o que o mundo espera que lhe ofereça.
Volta para mim,
mesmo que o vento te sopre,
este absurdo pedido.
O sol,
vestirá só para ti,
o manto infame da hora sagrada,
para apenas te convidar,
a matar todo o tempo que te roubou.
E,
é este,
o caminho sem volta.
,2018jan_aNTÓNIODEmIRANDA
não serás nunca o único.
Já não sou o que o mundo espera que lhe ofereça.
Volta para mim,
mesmo que o vento te sopre,
este absurdo pedido.
O sol,
vestirá só para ti,
o manto infame da hora sagrada,
para apenas te convidar,
a matar todo o tempo que te roubou.
E,
é este,
o caminho sem volta.
,2018jan_aNTÓNIODEmIRANDA
ENCONTRO IMPOSSÍVEL
Não há champanhe nesta taça.
Apenas a fome do desejo sem nexo,
uma fuga sempre presente,
para o horário roubado,
do comboio que trazia
o amor.
Há um postal,
sempre à espera de ser entregue.
Um bilhete qualquer,
sem resposta
para a dúvida habitual.
Corre o tempo,
naquela avenida abandonada,
beijando a pressa
do encontro impossível.
2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA
Apenas a fome do desejo sem nexo,
uma fuga sempre presente,
para o horário roubado,
do comboio que trazia
o amor.
Há um postal,
sempre à espera de ser entregue.
Um bilhete qualquer,
sem resposta
para a dúvida habitual.
Corre o tempo,
naquela avenida abandonada,
beijando a pressa
do encontro impossível.
2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA
CRÓNICAS DE VILA CHÃ (VILA CHÃ BLUES)
Vou deixar esta aldeia.
Já não tenho nomes para chamar.
Mesmo com as asas queimadas, cantas no tronco ardido, lembrando a tua primeira visita. Sobreviveste ao inferno visto em directo na televisão. Nenhuma ajuda te considerou, tu, velho lutador, vendedor de histórias que ninguém sabe. E chegaste à árvore dos segredos, que só a mim contavas. Patas feridas na terra que assassinaram, corpo sangrado nos folhos da indignação. Não és notícia de nada. Histórias que desaparecem, eu, que te conheci, quando me olhavas com a certeza mais linda, que só os amigos merecem.
Sabes, magoam-me muito estes caminhos, sem os cheiros que nos abraçavam. Tenho todas estas lembranças nas fotografias, mas, tal como eu, sabes que isso não passa de um momento que cada vez, menos nos aconchega.
Já não tenho nomes para chamar.
Mesmo com as asas queimadas, cantas no tronco ardido, lembrando a tua primeira visita. Sobreviveste ao inferno visto em directo na televisão. Nenhuma ajuda te considerou, tu, velho lutador, vendedor de histórias que ninguém sabe. E chegaste à árvore dos segredos, que só a mim contavas. Patas feridas na terra que assassinaram, corpo sangrado nos folhos da indignação. Não és notícia de nada. Histórias que desaparecem, eu, que te conheci, quando me olhavas com a certeza mais linda, que só os amigos merecem.
Sabes, magoam-me muito estes caminhos, sem os cheiros que nos abraçavam. Tenho todas estas lembranças nas fotografias, mas, tal como eu, sabes que isso não passa de um momento que cada vez, menos nos aconchega.
2018Set_aNTÓNIODEmIRANDA
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