Pesquisar neste blogue
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
terça-feira, 28 de agosto de 2018
JÁ TENHO FAMA QUE CHEGUE!
JÁ TENHO FAMA QUE CHEGUE!
Sou cumprimentado por alguns condutores do 28.
O Vitor, o Jorge e o Artur, do talho da Poiais de S. Bento, saúdam-me com estima.
Com o António do lugar da Poço dos Negros, onde compro fruta e legumes, tenho sempre uma conversa que me deixa contente.
E o pessoal do café Moinho de S. Bento, adoça o mesmo, com uma qualidade inigualável.
Compro o pão de Mafra na mercearia da malta do Bangladesh.
A senhora da peixaria do amoreiras shopping, recita-me “A Balada da Neve” e “Ó mar salgado, quanto do teu sal/ São lágrimas de Portugal”, enquanto prepara os chocos.
O Vitor, o Jorge e o Artur, do talho da Poiais de S. Bento, saúdam-me com estima.
Com o António do lugar da Poço dos Negros, onde compro fruta e legumes, tenho sempre uma conversa que me deixa contente.
E o pessoal do café Moinho de S. Bento, adoça o mesmo, com uma qualidade inigualável.
Compro o pão de Mafra na mercearia da malta do Bangladesh.
A senhora da peixaria do amoreiras shopping, recita-me “A Balada da Neve” e “Ó mar salgado, quanto do teu sal/ São lágrimas de Portugal”, enquanto prepara os chocos.
Já tenho fama que chegue!
Contudo nunca me fartarei de não ser conhecido.
Contudo nunca me fartarei de não ser conhecido.
2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA
domingo, 26 de agosto de 2018
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Algum dia voarei com estas
asas, irei fotografar as
entranhas do império
entranhas do império
dos mentidos, encalhar na paixão
dos desgostos pronunciados.
Algum dia a bússola apontará
a hora certa para não me achar
desprevenido.
Algum dia o tempo fugirá
do meu relógio e então celebrarei
numa festa íntima
a sua aparência.
Algum dia acabarei fugindo
habilmente das fotografias
e estenderei todas as dores
na memória que nada interessará
a alguém.
Algum dia o monte de enganos
escritos no meu epitáfio,
será mijado por um cão,
nada curioso por aquilo
que pensei ter sido.
Algum dia estará pintado no céu,
o lugar que as estrelas
já não têm para mim.
dos desgostos pronunciados.
Algum dia a bússola apontará
a hora certa para não me achar
desprevenido.
Algum dia o tempo fugirá
do meu relógio e então celebrarei
numa festa íntima
a sua aparência.
Algum dia acabarei fugindo
habilmente das fotografias
e estenderei todas as dores
na memória que nada interessará
a alguém.
Algum dia o monte de enganos
escritos no meu epitáfio,
será mijado por um cão,
nada curioso por aquilo
que pensei ter sido.
Algum dia estará pintado no céu,
o lugar que as estrelas
já não têm para mim.
terça-feira, 21 de agosto de 2018
#as times goes by#
Técnica inconseguida
6 relógios s/ bracelete
87,20 mt. Fita isoladora
Dim.: 80x100cm.
Ago_2018, aNTÓNIODEmIRANDA
6 relógios s/ bracelete
87,20 mt. Fita isoladora
Dim.: 80x100cm.
Ago_2018, aNTÓNIODEmIRANDA
domingo, 19 de agosto de 2018
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
terça-feira, 14 de agosto de 2018
segunda-feira, 13 de agosto de 2018
Magdalena Carmen FRIDA KAHLO y Calderón
FRIDA KAHLO
Às vezes
Falo com os
Teus espinhos.
São flores que choram
Mesmo a cantar.
Tenho agora
Lágrimas que correm
Para o rio
E facas espetadas no dorso.
Ventos que gelam
O meu corpo frio.
Frida,
Tapa-me a tristeza
Sem a tua dor.
Cobre-me com o teu calor de mulher
Feito de amor martírio.
E
Eu
Pensava
Que só ias dormir
O sono quieto
Do lírio
Negro
Amoroso.
2016,12aNTÓNIODEmIRANDA
sábado, 11 de agosto de 2018
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
domingo, 5 de agosto de 2018
10 P´RÀS 5
Dez p´ràs cinco.
Estou atrasada.
Nunca mais aparece o autocarro.
E o escritório à espera da limpeza.
A vida não me dá B.Leza,
e a cachupa requentada,
não tem o sabor que deixei na panela.
E o meu suor incomoda o passageiro
que se masturba com o Iphone.
Não tenho dinheiro
para falar com a saudade da terra
que sempre, com todo o respeito,
pisei.
disseram-me que este é o país
do mar salgado,
mas eu só tenho na alma,
as cores da sua angústia.
Morro no oceano das sua lágrimas,
escondidas no caixão
onde todas as noites me deito.
Amo-te mundo sem pátrias!
Não sei sonhar!
É um verbo que sempre
me enganou.
Estou atrasada.
Nunca mais aparece o autocarro.
E o escritório à espera da limpeza.
A vida não me dá B.Leza,
e a cachupa requentada,
não tem o sabor que deixei na panela.
E o meu suor incomoda o passageiro
que se masturba com o Iphone.
Não tenho dinheiro
para falar com a saudade da terra
que sempre, com todo o respeito,
pisei.
disseram-me que este é o país
do mar salgado,
mas eu só tenho na alma,
as cores da sua angústia.
Morro no oceano das sua lágrimas,
escondidas no caixão
onde todas as noites me deito.
Amo-te mundo sem pátrias!
Não sei sonhar!
É um verbo que sempre
me enganou.
2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA
sábado, 4 de agosto de 2018
quinta-feira, 2 de agosto de 2018
AQUI, NÃO É LUGAR NENHUM
- Chega a noite, cansada do dia chorado, e aquele que dorme na pensão das estrelas, aconchega o resto no saco das angústias. Tem na cabeça um livro ressequido pelo tempo que ousou estar. Estende o olhar na passadeira dos anos, aguarda a canção que o embala, e pousa as mãos na forma da solidão habitual, como se aquilo que ainda o engana, fosse a mais santificada das indiferenças. A realidade, não a sua, continua a sangrar a vontade que lhe roubaram. Os verbos foram passando, ignóbeis, trapaceiros, ofendendo a sua dignidade em todos os momentos possíveis. Tem calma, dizem-lhe todos os anúncios ejaculados no céu, que ele há tantas lágrimas, se recusa a mirar. Devagar, como sempre, cerra os pulsos, aperta a alma, e, chora como se fosse ontem, os mesmos sonhos.
- Espera o conforto das palavras que não o atraiçoaram, e logo que acorde continuará, como de costume, a espalhar os seus poemas para os pássaros que prezam a sua companhia.
- Molha a cara no rio bolorento, alisa a pele no sabão retardado, afinal tão fora de prazo como a sua existência. Nada há para roubar na caixa das esmolas. Sorrindo para si próprio, esmaga ainda mais o cinto, Olha-o bem nos olhos: não conseguiste fazer de mim mais um pedinte.
- Cansado de ser abusado, murcha os perfumes da pena malcheirosa. Volta ao rio, que lhe oferece o espelho que aquece a despedida. Passa o tempo, não sabe que sorriso esperar, chega a hora ( de todos os momentos que tanto custam a passar.
- Os ritmos da solidão depositam-lhe nos ossos os venenos que o acalmam. Navega no seu olhar fragâncias low-cost, oferecidas por um call-center que só o quer maquilhar.
- Aquece o nojo numa lamparina curiosa, retira a espoleta, tenta o mais longo arremesso, retrai o medo, chora mais um segredo no maior dos optimismos. Voa baixo para não ferir o planar dos pássaros magoados pelo desgosto, encosta-se à berma, abranda a estrada, rasteja a ficção naquele mar de paintball, alegra as tiras, e, estruge as mentiras no molho que o vai empobrecendo.
- Aqui, não é lugar nenhum.
- Espera o conforto das palavras que não o atraiçoaram, e logo que acorde continuará, como de costume, a espalhar os seus poemas para os pássaros que prezam a sua companhia.
- Molha a cara no rio bolorento, alisa a pele no sabão retardado, afinal tão fora de prazo como a sua existência. Nada há para roubar na caixa das esmolas. Sorrindo para si próprio, esmaga ainda mais o cinto, Olha-o bem nos olhos: não conseguiste fazer de mim mais um pedinte.
- Cansado de ser abusado, murcha os perfumes da pena malcheirosa. Volta ao rio, que lhe oferece o espelho que aquece a despedida. Passa o tempo, não sabe que sorriso esperar, chega a hora ( de todos os momentos que tanto custam a passar.
- Os ritmos da solidão depositam-lhe nos ossos os venenos que o acalmam. Navega no seu olhar fragâncias low-cost, oferecidas por um call-center que só o quer maquilhar.
- Aquece o nojo numa lamparina curiosa, retira a espoleta, tenta o mais longo arremesso, retrai o medo, chora mais um segredo no maior dos optimismos. Voa baixo para não ferir o planar dos pássaros magoados pelo desgosto, encosta-se à berma, abranda a estrada, rasteja a ficção naquele mar de paintball, alegra as tiras, e, estruge as mentiras no molho que o vai empobrecendo.
- Aqui, não é lugar nenhum.
Subscrever:
Mensagens (Atom)