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segunda-feira, 30 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
ESTÁ A CHEGAR O TEMPO
Quando tenho pressa
Na minha corrida
Porque comprei todas as orações...
A um dealer chamado jesus,
O que importa
O que sou ?
Ainda nada aconteceu
Ainda ninguém provou o meu sangue
Estou aberto a todos os convites
Apto só para propostas indecentes.
... Está a chegar o tempo
Dos pássaros vermelhos
Voarem sobre os meus ombros
E comerem doses amenas
Da solidão disponível.
Na minha corrida
Porque comprei todas as orações...
A um dealer chamado jesus,
O que importa
O que sou ?
Ainda nada aconteceu
Ainda ninguém provou o meu sangue
Estou aberto a todos os convites
Apto só para propostas indecentes.
... Está a chegar o tempo
Dos pássaros vermelhos
Voarem sobre os meus ombros
E comerem doses amenas
Da solidão disponível.
Out2013_02
“IMPRECAÇÕES PARA UM DEUS MENOR_01”
aNTÓNIODEmIRANDA
“IMPRECAÇÕES PARA UM DEUS MENOR_01”
aNTÓNIODEmIRANDA
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
VALE A PENA ?
Vale a pena
ago21
.2010-
aNTÓNIODEmIRANDA
A tua vida tão pequena
Feita renúncia repetida
Beco sem saída
Sem lugar para a viagem
Receita assistida
Não te enganes na
embalagem
Tudo com contrapartida
Inteligência desistida
Realidade discutida
Estabilidade social não
garantida
Só a felicidade permitida
Emoção escondida
Vale a pena a tua vida
?
Mal resolvida
Repartida
Vã tentativa.
ago21
aNTÓNIODEmIRANDA
terça-feira, 24 de novembro de 2015
VINHA D`ALHOS
As
noites velhas queimo-as nos calendários. Caminho às cegas pelo meio
do medo, levado por uma música pautada por compassos da mais pura
seda. Canto pressuroso de abdicações, cambalhota de um surdo
ouvido, que me perde a viagem, enquanto o corpo envelhece em escuras
sinfonias trinadas por um arrependimento silencioso. Encolho-me em
eliminações de vaga ideia e atiro alguns escombros ao ar, como se
fossem falsas carências. Volto a ti e ao que de mim resta, talvez
com palavras nunca pronunciadas. Já começa a ser difícil, erguer
este nada lisonjeiro sinal do tempo, que me vai queimando a luz.
Mágoa derramada num sangue oportunista. Preocupo-me deveras, com a
má qualidade desta vinha d`alhos! Tenho outros dias para não atinar
com certos temperos.
Atentamente,
2015aNTÓNIODEmIRANDA
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Wilfredo Lam (1902-1982)
Nasceu
em Sagua La Grande, Cuba
Wifredo
Oscar de la Concepción Lam y Castilla,foi o mais importante pintor
cubano e um dos expoentes da pintura moderna.
Em
1923 formou-se no curso da Academia de Bellas Artes San Alejandro, em
Havana.
A
sua primeira exposição individual teve lugar na sua cidade natal.
Partiu
de Havana para Madrid, onde prosseguiu seus estudos académicos.
Entre
1924 e 1927, passou parte de seu tempo em Cuenca, onde trabalhou como
retratista.
Em
1936 trabalhou em fábricas de armamentos em Madrid e Barcelona, onde
pintou o seu famoso óleo “ La Guerra Civil”. Em 1938, já
relativamente conhecido no mundo artístico, mudou-se para Paris,
onde recebeu apoio de Picasso.
Em
Marselha (1940),conviveu com os surrealistas e participou no “Tarot
de Marselha”.
Partiu
em 1941 para os Estados Unidos da América na companhia de Breton,
Lévi-Strauss
e outros
intelectuais.
Regressa
a Cuba em 1946 e depois de uma temporada no Haiti, dividiu o seu
tempo entre Havana, Nova York e Paris, onde fixou residência em
1952.
Em
1978 ficou semi -paralítico e passou, a partir de então, longas
temporadas em Cuba, recebendo tratamento médico. Faleceu em Paris,
em 1982.
A
sua obra é tida como o mais extraordinário exemplo do surrealismo
latino americano.
MEL RAMOS (1935)
Nascido na
Califórnia, dedicou-se
inicialmente ao expressionismo abstracto. É
um dos precursores da pintura Pop Art, sendo actualmente um dos
poucos representantes vivos deste movimento. As suas criações são
mundialmente reconhecidas, constituindo estas uma crítica
irreverente e humorada do “american way of life” : uma perfeita
combinação entre pin-ups e anúncios das suas marcas de referência
(Coca Cola, Pepsi, etc.).
Tem sido
professor em várias Escolas de Arte dos Estados Unidos, e a sua
vasta obra objecto de inúmeras exposições, destacando-se entre
elas:
1963,
"Mixed Media and Pop Art", Albright-Knox Art Gallery,
Buffalo; Califórnia - "Pop goes the Easel", Contemporary
Art Museum, Houston - "The Popular Image", ICA, Londres. |
1964, Primeira exposição individual, Bianchini Gallery, Nova Iorque
| 1969: "Pop Art Revisited", Hayward Gallery, Londres |
1970, Artista residente na University of Southern Florida, Tampa, e
na Syracuse University, Nova Iorque | 1973, Artista convidado na
University of Wisconsin, Madison e na Pacific Lutheran University,
Tacoma, Washington | 1975, Retrospectiva, Museum Haus Lange, Krefeld
| 1978: "Art about Art", Whitneyn | 1983: "Modern Nude
Painting 1880-1980", National Museum of Art, Osaka, Japão |
1985: "Pop Art 1955-70", Art Gallery of New South Wales,
Sydney | 1991: Louis K. Meisel Gallery, Nova Iorque.
Em 1966 tem
lugar a sua primeira Exposição Individual na Europa, Galerie Ricke,
Kassel.
LOLA-COLA |
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
SEC`ADEGAS _bUES FOR yOU. * TOUR 2015 *
Comunicado.
Há coisas do caneco! E esta coisa do improviso préviamente combinado, é uma delas.
Convém esclarecer os mais atentos, que SEC`ADEGAS _bUES FOR yOU, é, e será sempre, um projecto com nenhum interesse nacional.
Há coisas do caneco! E esta coisa do improviso préviamente combinado, é uma delas.
Convém esclarecer os mais atentos, que SEC`ADEGAS _bUES FOR yOU, é, e será sempre, um projecto com nenhum interesse nacional.
Para que conste, nem nós
próprios sabemos, quando e aonde eventualmente iremos tocar. É esta
situação a mais lógica consequência, do improviso préviamente
combinado.
Bem hajam aqueles que
lamentam nunca terem assistido às nossas perfomances.
Atentamente,
aNTÓNIODEmIRANDA
(O verdadeiro presidente)
TOMÁS MIRANDA | ANTÓNIO SALOMÃO |
SANDRA AMORIM | LUIS MARQUES | HUMBERTO MONTEIRO | FÁBIO MENDES |
ARMANDO MACHADO | ANTÓNIO DE MIRANDA | JOSÉ PERALTA
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
DÓI
Dói
quando a última pele da noite se vai desenrolando, e nela já nada
está escrito. Já não queima a memória. Já não te faz sujar os
olhos. Dói quando te magoas em todos os despertares na única coisa
que é real. Dói quando nada consegues apagar.
Dói
como se fossem picadas, os passos, naquela estrada que pensavas
nunca mais iria acontecer. Dói tudo! Dói a alegria que imaginaste
nunca te iria abandonar. Dói até ao fundo, a coroa de espinhos
quando pegas na guitarra, e não consegues tocar a música preferida.
Dói!
Dói sempre! Cada vez mais.
Dói
esta distância sem conserto, vidrada com pensamentos quebrados, que
nos fazem sentir um outro que não nós. Quando todos se foram
embora, e agora só podes apalpar sentimentos desaparecidos, deixando
manchado um tempo que já não é teu. Dói, quando gotas estranhas
de uma chuva triste, encharcam uma despedida sempre presente. Dias
que não te deixam ir. Dói quando o amor que te é devido, já não
te reclama. Quando ergues as mãos, na última espera daquele que
nunca esteve presente.
Tanto te magoaste para seres o quê?
Uma
sombra fiel depositária da vulgaridade.
Dói!
Dói sempre! Cada vez mais.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
terça-feira, 17 de novembro de 2015
PIAF
Lia-me
um poema ao contrário e soletrava letra a letra a teoria da ascenção
cósmica no universo uno e transcendental. Continuava admirado por
todas as vezes que esteve na trocadero de Paris, ninguém parou para
o medir. Falei da metatísica , da importância do photomaton, da
insegurança fotodiária e da futura rendição incondicional de
todos os deuses ainda não arrependidos. Pois, mas as molduras
atraiçoam muitas telas. Não consegui explicar que a intenção não
era má. Nem você é bom, respondeu. Não tinha um prego. Não pude
virar o bico. Lá mais adiante, um bando de cretinos impregnados de
smart cameras, tentava pintar o sena. Mas, este é o rio dos poetas,
que chora uma música que só eles podem beijar. Tenho nos ouvidos um
segredo que a Edith me vai cantar.
Estendi
o saco cama e adormeci com a navalha na mão.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
domingo, 15 de novembro de 2015
O PRECÁRIO SORRISO
Ardis!
Ócio! Máscaras! Atiçam esta melodia que não é senão um reino de lã saqueado.
Ouves o especialista dos parágrafos, lascando o medo e o desejo, porque a dor
agora exige outro nível de violência. A morte doce, flagra a batota dos
jogadores. É sua, a maneira de decidir, neste lamaçal incendiado, que foge até à sombra .Já não há lampiões com
essa luz pálida, abraçados por caricias titubeantes, lambidos e beijados por
cães, velhos conhecedores desta arte, maldosamente impedidos de frequentar
mictórios públicos. Não tivemos sequer uma viagem em comum. Não sei que
sequestro nos separou, nem o cativeiro onde todas as pretensões foram diluídas,
nem as cinzas que nos queimaram. O precário sorriso espreita na cornija,
enquanto lágrimas sujas, nos cobrem agora com a sua parda eminência.
E
esta, transborda um nojo enrouquecido pela espuma da mais triste das horas.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
AMOR PRIMEIRO
Só
exijo as noites que me pertencem. As que me enganaram, serão cantadas pelo
homem do martelo num leilão sem a minha coerência. Não me apetece voltar atrás!
Só posso amar a minha volúpia, o imbróglio alheio, a mim, não diz respeito. Triste
sina esta que me assiste! Há amores que nunca vi e custa-me tanto sabê-los.
Amor sucinto, em airosas formas bailando nos meus cabelos. É tão triste a
ignorância que humedece a importância de nada sabermos. Amor, canção alegre
enlevada num sonho nunca acordado, abraçado ao toque da subtil melancolia.
Serei eu o único com esta mania,
inequivocamente inolvidável de te
levar ao amor. Tanto desejo naufragado no nosso último beijo, afinal aquele que
nunca te pedi. Que farei com tanta falta de subtileza? Selar-te os olhos,
prometendo adiar um adeus que tanto me fere. Amo-te assim num contrário,
verdadeiro amor, de todos o primeiro e agora único.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
NA PALMA DA MÃO
Tenho
o teu cheiro na palma da mão. Memória da tua visita, fria como a faca. Visão
inoportuna que me perturba o sono tranquilo, afundando-se em fios de pedra que
ferem asperamente um sinal que era só nossa pertença. Urgência suja, num tributo
manchado pelos passos dormentes, que espalhaste no soalho. Tenho no peito a
mesma voz, que cada vez mais alto, me grita ao ouvido: toma atenção, pá!
Tem
cuidado contigo.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
Ó PUNS DEI
Não
se deve morrer 2 vezes. Mente quem pretende o amor sempre igual. Há
inoperâncias nada simpáticas assim como hálitos desprovidos de qualquer
intenção. Há que ter o cuidado possível com os sintomas perigosos, tal como com
os detergentes não convenientes ás nossas perspectivas. Torna-se aqui
necessário, activar o sistema da normalização da refrigeração. Dito isto, e
para não comprometer campanhas dinamizadoras do mau tráfego intestinal,
absurdamente terei de admitir que qualquer coisa menos boa, será sempre
diferente, não sei se melhor, do que uma menos má. Alguém pretensamente
entendido, não estará de acordo. E isso não me preocupa. Tenho dias assim, com
tantas horas que não alcançam o que eu espero. Com segundos tão sofridos que
abafam minutos que nunca deviam ter existido. O tempo não liga à corda do meu
relógio. Qualquer dia vamos deixar de nos entender.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
O BRUXO DE CABRAÇÃO (PONTE DE LIMA)
Tinha 16 anos, e reconheço que
usar vinte e tal colares ao pescoço, não era lá muito vulgar. Não
que a mim importasse, mas sentia qualquer coisa de estranho, no olhar
das pessoas. Eram tempos de confronto, motivados pela família do
marido da minha mãe. Enfim, coisas como, é uma vergonha, ele deve
ter mau olhado, no emprego deixa-me mal visto, dizia um imbecil,
irmão do meu pai. Eram águas moles, sendo eu a pedra dura. Aqui a
outra parte do ditado, nunca funcionou. Perante tanta preocupação,
convém dizer, não inerente á minha realidade, aprazou-se uma
visita ao bruxo de cabração. A mãe do meu velho, foi a mentora
desta peregrinação. Coisa que não me espantou, pois eram
frequentes os seus sofrimentos de barriga, acontecidos sempre que
havia um clima de festa, talvez com um propósito, que educadamente,
inibo-me de mencionar. Devo reconhecer que esta ideia satisfazia
plenamente a minha curiosidade. Assisti, assim, a uma demonstração
de desmaios, esperneares , convulsões e a acentuadas
alterações na voz dos protagonistas deste espectáculo. A mãe do
meu pai, foi uma interveniente activa e a minha mãe com uma crise de
bipolaridade, não se manifestou. Chegada a altura da minha
apresentação, e, em resposta ás perguntas dos meus acompanhantes,
o padre/bruxo esclareceu que o António (eu mesmo), estava óptimo e
que tinha alguns colares muito bonitos.
Os anos vão passando e
continuam dar-me o tempo para tentar ser feliz.
Claro que sou diferente.
Não me concebo de outra
maneira.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
A IMPORTÂNCIA DE SER “LOURA”
As
louras têm mais graça, mesmo quando não compreendem a chalaça, e,
riem desabrigadamente como se fosse meio dia, lá em Adis Abeba. As
louras julgam que às vezes pensam e ninguém lhes tira esta
presunção. Convém não exagerar na sua apreciação. Podem
acreditar. Mesmo no seu normal estado de distração. Conduzem com o
seu próprio código, convictas da sua inabalável beleza. Agarram o
copo com delicadeza, nas outras coisas, às vezes com subtileza. E
geralmente nunca têm uma pergunta inteligente na ponta da língua. É
sabido que utilizam este orgão para certas operações. Aqui não há
excepção. Têm um radar sempre a funcionar, que lhes permite ousar
serem admiradas. Algumas para a brincadeira, são danadas.
Normalmente têm uma vaga ideia da coerência, não ligam à decência
e confundem a falta de apetite com uma qualquer greve de fome.Não há
que abusar. Um passo de cada vez. Não vão elas tropeçar. Fazem
algumas queixas, sobretudo da má coloração das madeixas. E mostam
indignação.
2015aNTÓNIODEmIRANDA
terça-feira, 3 de novembro de 2015
Pai ! POEMA PARA ABÍLIO de MIRANDA - (1927.12.04 – 1987.11.03)
Podemos começar ouvindo Charles
Aznavour cantando “ La Bohème” ou para momentos mais sérios
escutar a “ Avé Maria “ de Schubert. Passaram-se dias, muitos
deles acompanhados daquelas cores feitas com lágrimas. Alguns ainda
em que o sangue beijou o chão.
Foi numa terça feira, ao cair
da tarde ( sei agora que é o momento em que o sol vai dormir com a
lua), que me disse as suas últimas palavras : às 7 vou deixar de
ser anão . Levanta-me ! … E assim, partimos os dois, o senhor
abraçando os meus braços. Ás vezes sinto-me como uma criança
perdida, mirando uma qualquer estrela que passeia despreocupada lá
naquele lugar com um nome tão estranho e tão longe. Ás vezes
sinto-me cansado e durmo como se mil sonhos estivessem á espera de
me acordar.A verdade é que estou menos novo, e, a Mãe, o Jorge
Faria, o tio António e a Guilhermina, já não podem ficar nas
fotografias. A vida vai gastando o tempo e filtrando na sua imensa
paciência, os verdadeiros amigos. Não me arrependo de lhe ter dito
algumas verdades ( daquelas que doem a sério ), mesmo sabendo que
estava pronto para a viagem. Recordo-me das nossas festas, das nossas
canções, cantadas como só aqueles que se gostam podem fazer. Tenho
na garganta o sabor daquele “americano”. Tenho na pele a promessa
de tomar conta da Mãe. Tenho no coração a mais linda declaração
de amor ( falava você com a Mãe), que alguma vez ouvi. Tenho a certeza que você era
diferente dos outros !
Lembro-me perfeitamente quando
com um sorriso cúmplice me dizia : tens lá em baixo livros “novos”.
O que eu aprendi consigo !Sentado neste banco de memórias, deixo-lhe a minha saudade.
Não sei qual é a pressa de acelerar a minha corrida.
Afinal a vida continua a ser um lugar estranho para se morrer !
aNTÓNIODEmIRANDA
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
SAUDADE NÃO DECLARADA
Será
verdade que um dia me verás
com a distância dos anos, com que o
tempo apagou todos os momentos,
não restando sequer uma das
palavras
que ousámos dizer.
Secaremos histórias num estendal
de saudade não
declarada.
Já não somos peças imprescindíveis ao
nosso inocente
jogo.
Só estas horas nos toleram,
fazendo assim acontecer
noites de
quase perfeita anonímia.
aNTÓNIODEmIRANDA
INVERSOS
Sou
louco por ti!
&
por todas os vírus que te infectam.
Tenho
poucos significados!
Preciso
de uma rua ao contrário,
com
os inversos,
irremediavelmente
perdidos.
aNTÓNIODEmIRANDA
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