Quando se juntam os amigos, só podem acontecer coisas boas. BLUES, evidentemente. De vez em quando conseguimos tocar. Nós gostamos. DARK CLOUDS ROLLIN`| GOOD MORNING BABY | BLUES ON MY MIND . Fique atento...
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sábado, 24 de outubro de 2009
MICHAEL JACKSON
I`m dead ! I`m dead ! I`m dead ! I`m dead !
I don`t know if i`m black or white
Even Ì don`t know if i am anything
I don`t know if i`m black or white
Even Ì don`t know if i am anything
(...DE UMA ANEDOTA DO MIGUEL BARROSO)
Tinha andado todo o dia preocupado.
Triste . Pensou que até mesmo menstruado.
Mas tinha de tomar uma decisão.
Então,
Chegou a casa, olhou para o pai e peremptoriamente disse :
Pai, eu sou gay !
O pai sentou-se no sofá.
Cruzou os braços.
Acariciou a calvice.
Pensou mas que chatice.
E disse :
Meu filho, aqui o gay sou eu!
A tua mãe é a gainha !
E tú és somente o pguincipe
Triste . Pensou que até mesmo menstruado.
Mas tinha de tomar uma decisão.
Então,
Chegou a casa, olhou para o pai e peremptoriamente disse :
Pai, eu sou gay !
O pai sentou-se no sofá.
Cruzou os braços.
Acariciou a calvice.
Pensou mas que chatice.
E disse :
Meu filho, aqui o gay sou eu!
A tua mãe é a gainha !
E tú és somente o pguincipe
terça-feira, 20 de outubro de 2009
JÁ, NÃO ...
Já não há ponte para o resto do caminho e nota - se claramente a angústia no voo dos pássaros.
Ao acaso, porquê sempre ao acaso, caminho anonimamente com a responsabilidade limitada, que me empurra célere para a frequência imoderada de ritmos hilariantes causados por gases sem graça alguma ?
Rasgo cometas da sorte na palma da mão e a chuva que acontece não me traz qualquer estrela. Então divago ausências fingidas e rio para mim próprio numa maré cheia de vazio condicionado.
O OCEANO NÃO CHEGA PARA ME AFUNDAR ?
Eu não passo dum naufrago de banda desenhada.
Vendo - me facilmente em fascículos com 24 horas de página. Comestível como um hamburguer sou devorado com doses excessivas de ketch up. Quando acabarei a subida desta montanha conspurcada de vícios ? Sei, que impaciente. o voo da águia aguarda o que me resta da coragem. Que planos eu tenho para surpreender o optimismo com raids surpresa de angústias. Corro para o nada levando sempre a pressa que retarda a vontade.
QUE ESTRADA É ESTA QUE ESTÁ SEMPRE A ENGANAR - ME COM ILUSÕES FALSAS DE PRAZERES INATINGÍVEIS ?
Restam- me os lamentos sussurrantes das vielas da agonia.
O dia morre lentamente despedindo - se do sol com frágeis sorrisos dourados. Chegam as sombras, estas sombras que não param de acariciar - me com beijos maliciosos e abraços enganadores. Fatídico não é o destino, mas a ambiguidade dos caminhos.
Não me digam nada !
não quero ver ninguém feliz perto de mim. Metem -me nojo os sorrisos e enraiveço facilmente com os projectos que teimam ainda em preencher o meu pensamento.Basta ! Quero fixar definitivamente o meu olhar no nada que desenho na minha solidão. Esvaneço, não sei qual a maneira, neste rascunho mais que rasurado que constitui a minha talvez coragem de tentar.
ESTOU FARTO DOS DIAGNÓSTICOS. Mesmo daqueles com 90% de possibilidades de certeza absoluta.
Habitualmente cumprimento o meu ego, que covardemente nunca me dá a angústia pretendida. Escondo - me num coral de mágoas e
O OCEANO NÃO CHEGA PARA ME AFUNDAR.
Consumo - me numa sociedade que não faz senão gastar - me inutilmente em bebedeiras de espectáculo. envelheço em cascos viciados em merda. Mostram -me oásis e proíbem - me qualquer tentativa de liberdade. Inventaram as pousadas da felicidade mas elas só existem num catálogo sempre disposto a causar - me inveja.
Não sei para que escrevo isto, talvez porque estou farto desta caneta ou ainda penso que tenho uma letra bonita para enforcar passarinhos.
A identidade não passa duma mentira, mas, mais enganador é o seu cartão.
87nov01
Ao acaso, porquê sempre ao acaso, caminho anonimamente com a responsabilidade limitada, que me empurra célere para a frequência imoderada de ritmos hilariantes causados por gases sem graça alguma ?
Rasgo cometas da sorte na palma da mão e a chuva que acontece não me traz qualquer estrela. Então divago ausências fingidas e rio para mim próprio numa maré cheia de vazio condicionado.
O OCEANO NÃO CHEGA PARA ME AFUNDAR ?
Eu não passo dum naufrago de banda desenhada.
Vendo - me facilmente em fascículos com 24 horas de página. Comestível como um hamburguer sou devorado com doses excessivas de ketch up. Quando acabarei a subida desta montanha conspurcada de vícios ? Sei, que impaciente. o voo da águia aguarda o que me resta da coragem. Que planos eu tenho para surpreender o optimismo com raids surpresa de angústias. Corro para o nada levando sempre a pressa que retarda a vontade.
QUE ESTRADA É ESTA QUE ESTÁ SEMPRE A ENGANAR - ME COM ILUSÕES FALSAS DE PRAZERES INATINGÍVEIS ?
Restam- me os lamentos sussurrantes das vielas da agonia.
O dia morre lentamente despedindo - se do sol com frágeis sorrisos dourados. Chegam as sombras, estas sombras que não param de acariciar - me com beijos maliciosos e abraços enganadores. Fatídico não é o destino, mas a ambiguidade dos caminhos.
Não me digam nada !
não quero ver ninguém feliz perto de mim. Metem -me nojo os sorrisos e enraiveço facilmente com os projectos que teimam ainda em preencher o meu pensamento.Basta ! Quero fixar definitivamente o meu olhar no nada que desenho na minha solidão. Esvaneço, não sei qual a maneira, neste rascunho mais que rasurado que constitui a minha talvez coragem de tentar.
ESTOU FARTO DOS DIAGNÓSTICOS. Mesmo daqueles com 90% de possibilidades de certeza absoluta.
Habitualmente cumprimento o meu ego, que covardemente nunca me dá a angústia pretendida. Escondo - me num coral de mágoas e
O OCEANO NÃO CHEGA PARA ME AFUNDAR.
Consumo - me numa sociedade que não faz senão gastar - me inutilmente em bebedeiras de espectáculo. envelheço em cascos viciados em merda. Mostram -me oásis e proíbem - me qualquer tentativa de liberdade. Inventaram as pousadas da felicidade mas elas só existem num catálogo sempre disposto a causar - me inveja.
Não sei para que escrevo isto, talvez porque estou farto desta caneta ou ainda penso que tenho uma letra bonita para enforcar passarinhos.
A identidade não passa duma mentira, mas, mais enganador é o seu cartão.
87nov01
não presta o que fica
o meu nome
nada significa
o futuro perdeu-se
na vontade de tentar
não presta o que fica
na angústia das veias
o 1º golpe não custa nada
o 2º é para habituar
outros acalmam a calma
o último é para gostar.
Não presta o que fica
ninguém foi convidado para este banquete.
Peço desculpa por esta ilusão :
a necrologia segue dentro de momentos.
maio2006
nada significa
o futuro perdeu-se
na vontade de tentar
não presta o que fica
na angústia das veias
o 1º golpe não custa nada
o 2º é para habituar
outros acalmam a calma
o último é para gostar.
Não presta o que fica
ninguém foi convidado para este banquete.
Peço desculpa por esta ilusão :
a necrologia segue dentro de momentos.
maio2006
Who´s gonna tell you baby
Who´s gonna tell you baby
As horas convenientes para amar
Quando poderei assassinar o teu vestido
E tu já sabes que o meu corpo
É um monstro insanamente conduzido
A dor não existe
O paraíso como sempre está ocupado
Vou beijar as gotas do teu véu.
Who´s gonna tell you baby
Who´s gonna tell you now
O sol voltou a brilhar ...
maio2006
As horas convenientes para amar
Quando poderei assassinar o teu vestido
E tu já sabes que o meu corpo
É um monstro insanamente conduzido
A dor não existe
O paraíso como sempre está ocupado
Vou beijar as gotas do teu véu.
Who´s gonna tell you baby
Who´s gonna tell you now
O sol voltou a brilhar ...
maio2006
quant ... ?
Quanto me faltará resistir a esta vontade de cuspir toda a raiva duma só vez e este nojo sintético de feitio amorfo e este tédio difícil de fornicar malgrado o meu empenho em continuar a sonhar.Ignorar até quando? O conhecimento das coisas? E os nomes? Sim a merda dos nomes que nos colam,tornam banal qualquer tentativa do direito à diferença.Dou corda a um relógio e atraso a memória? E a memória que não me deixa que me come e tortura que me prende e me serve de desculpa para a minha impotência manifestada embora com alquimias de sorrisos surrealistas.E o que me interessa a vossa realidade se não sou eu que a construo? Recordações de conveniência registadas no meu vídeo climatizado. Balanço a cabeça e as ideias saltam-me para as mãos mas eu não tenho tempo para tudo e mesmo deus ignora o meu problema. Xutos e pontapés ar condicionado que condensa num só novelo de poeira,uma a uma,todas as tentativas de fuga. Autoembrulho-me num saco de plástico,autocoloco-me na prateleira do supermercado e mesmo com etiqueta cor de rosa,ninguém acredita em mim. Vias lácteas gelatinosas percorrem esta crucificação quotidiana adoçada com o perfume desodorizantíaco do manequim publicitário que não pára de olhar para o meu pénis pele e osso. EU ? Não acho absolutamente qualquer piada que as pessoas mordam os meus calcanhares. Os tomates enlatados do executivo nas vaginas paranóicas das menstruadas secretárias. Circulo levianamente pelos olhares atrevidos das putas e travestis da avenida, embora não saibam que eu sou um espião do amor. Quente ou frio,serve-se de preferência em bandejas temperadas de afrodisíacos.
NÉON ! NÉON !Os profetas andam pelos passeios vestidos de néon e embora possuam estômagos digitais não são afectados com as dolorosas digestões dos manjares de glória.
NÉON ! NÉON !Os profetas andam pelos passeios vestidos de néon e embora possuam estômagos digitais não são afectados com as dolorosas digestões dos manjares de glória.
GLÓRIA ! Aluga-se ! À hora ao dia mas nunca para toda a vida. SIM,porque a glória não é uma prostituta qualquer !!!!.
Anjos da malvadez fazendo amor em ancoradouros distraídos, que pacientemente tornam públicas as suas apaixonadas e apixonadas, chegando mesmo a mostrar cenas eventualmente chocantes de bailados sexuais com as habituais e famosas bailarinas afro -CU banas. Ritmos alucinantes ejaculações precoces idílios amorosos confirmados em promessas de bacanais intemporais.
AVÉ VIDA,os que vão morrer saúdam-te. Os que ficam ainda se vão arrepender.
PETIT JOURNAL_PARIS
st. james infirmary
escorria pelos copos de cerveja
temperando o suor da banda
armstrong piscava-me o olho
e eu de pé em cima da mesa
mostrava orgulhoso
a minha camisa de veludo vermelha
comprada no marché aux puces.
como era bonita a minha bandeira !
o jazz só acaba
com o acontecer da manhã
e depois, cansado
vai dormir com o sol.
parker o pássaro
voa em todas as caves
e miles chora abraçado á sua trompete.
não são necessárias palavras
para se ouvirem os grandes poemas
e lá fora piaff
continua a prender-me nos seus braços
e brel escreveu nuvens no céu
onde se podia ler
ne me quitte pas.
vou dar todos os meus beijos
a quem encontrar no bois de boulogne
numa valsa com todos os compassos.
e eu sei que a solidão
ás vezes não existe
2006dez28
escorria pelos copos de cerveja
temperando o suor da banda
armstrong piscava-me o olho
e eu de pé em cima da mesa
mostrava orgulhoso
a minha camisa de veludo vermelha
comprada no marché aux puces.
como era bonita a minha bandeira !
o jazz só acaba
com o acontecer da manhã
e depois, cansado
vai dormir com o sol.
parker o pássaro
voa em todas as caves
e miles chora abraçado á sua trompete.
não são necessárias palavras
para se ouvirem os grandes poemas
e lá fora piaff
continua a prender-me nos seus braços
e brel escreveu nuvens no céu
onde se podia ler
ne me quitte pas.
vou dar todos os meus beijos
a quem encontrar no bois de boulogne
numa valsa com todos os compassos.
e eu sei que a solidão
ás vezes não existe
2006dez28
Solidão revisitada
só te resta o teclado & o monitor
e alguém estranho diz-se igual a ti
é a solidão revisitada
sem alma nem cor
é a lágrima queimada
numa vela apagada
que nunca soube os cambiantes do amor
é a mentira forjada
que tu falas na noite acordada
quando custa mais a dor
o outro lado faz-te sentir importante
logo pensas que não és a única
adias o problema
para o amanhã que julgas distante
e jogas os desejos envergonhados
fabricas outro dilema
agora a felicidade está garantida
se és loura também podes ser morena
envias a fotografia fora de prazo
e o manual de instruções para seres fodida
agora tens mais um caso
afinal tinhas razão
como é bom ser apetecida
estás a começar a ter sorte
hoje adiaste a morte
só te resta o teclado & o monitor
e alguém estranho diz-se igual a ti
é a solidão revisitada
contínua ausência de amor
outubro27.2006
e alguém estranho diz-se igual a ti
é a solidão revisitada
sem alma nem cor
é a lágrima queimada
numa vela apagada
que nunca soube os cambiantes do amor
é a mentira forjada
que tu falas na noite acordada
quando custa mais a dor
o outro lado faz-te sentir importante
logo pensas que não és a única
adias o problema
para o amanhã que julgas distante
e jogas os desejos envergonhados
fabricas outro dilema
agora a felicidade está garantida
se és loura também podes ser morena
envias a fotografia fora de prazo
e o manual de instruções para seres fodida
agora tens mais um caso
afinal tinhas razão
como é bom ser apetecida
estás a começar a ter sorte
hoje adiaste a morte
só te resta o teclado & o monitor
e alguém estranho diz-se igual a ti
é a solidão revisitada
contínua ausência de amor
outubro27.2006
Onde é a auto estrada esta noite?
nem eu às vezes sei porque fecho todas as portas e prometo a mim próprio que desta vez a fuga será definitiva. tenho sorte, ouço as canções apetecidas e sinto-me como um maestro dirigindo as músicas do meu desassossego. invento-me, viro-me ao contrário, escondo-me no velho armário esperando a hora da partida. e lembro-me daquilo que antecipadamente sei que não quero. sentado abraço as angustias habituais. continuo a ser o viajante solitário nesta auto estrada só minha.
nem eu sei porque às vezes não encontro as portas e nada prometo a mim próprio. maldita sorte ter memória e o trabalho que ela me dá. definitivamente não sei até onde esta viagem me levará.
ONDE É A AUTO ESTRADA ESTA NOITE ?
às vezes sinto-me como os dias às vezes sinto que não me sinto às vezes corto-me delicadamente e transpiro os desejos inventados. molho-me na minha ficção nos sonhos espancados caçando o meu sonho.
às vezes sou criterioso manhoso raivoso furioso amoroso às vezes sou subtil fútil inútil útil
às vezes consigo ser eu
2006jul10
Refeição nua
de nada valeram as boas intenções
as palavras daquelas tardes
envoltas em sorrisos de coragem
o nosso encontro
foi uma refeição nua
hoje percorro a memória desse tempo
e rio para mim
anormalidades anónimas
desprezos sem endereço
e caminho nas ruas do acaso
sentindo o cair das pedras dos seus muros
toda a gente se magoa
construindo assim toda a crueldade do mundo
leve corre a espuma da tristeza
nela navegando o que resta da desolação
paixão violenta
amor sem nenhuma certeza
lágrimas limpas a seco
flor dum louco agosto
apodrecida na minha mão
tudo acaba
nem sempre no tempo apetecido
quase nunca na forma adequada
flores sujas na minha sepultura
o resto do menu inacabado
duma refeição nua
paraíso artificial
criado até á exaustão
no entanto todas as intenções eram pacíficas
e nenhuma esperança possível
e os beijos trocados
tinham sempre o adeus nos olhos
e as palavras faladas a conveniência da mentira
por isso o caminho das pedras
foi um convite sempre recusado.
longe foi o mais perto
que conseguimos estar.
outubro20.2006
as palavras daquelas tardes
envoltas em sorrisos de coragem
o nosso encontro
foi uma refeição nua
hoje percorro a memória desse tempo
e rio para mim
anormalidades anónimas
desprezos sem endereço
e caminho nas ruas do acaso
sentindo o cair das pedras dos seus muros
toda a gente se magoa
construindo assim toda a crueldade do mundo
leve corre a espuma da tristeza
nela navegando o que resta da desolação
paixão violenta
amor sem nenhuma certeza
lágrimas limpas a seco
flor dum louco agosto
apodrecida na minha mão
tudo acaba
nem sempre no tempo apetecido
quase nunca na forma adequada
flores sujas na minha sepultura
o resto do menu inacabado
duma refeição nua
paraíso artificial
criado até á exaustão
no entanto todas as intenções eram pacíficas
e nenhuma esperança possível
e os beijos trocados
tinham sempre o adeus nos olhos
e as palavras faladas a conveniência da mentira
por isso o caminho das pedras
foi um convite sempre recusado.
longe foi o mais perto
que conseguimos estar.
outubro20.2006
prostitutas empregadas de escritório senhoras finas e de moral
ai estas prostitutas
senhoras finas
e de moral
olham -me felinas
com ar parvo natural
se não lhes digo bom dia
mesmo que esteja de azia
logo levam a mal
ai estas senhoras finas
empregadas de escritório
com bocas de pia
inteligência de supositório
com ares jactantes
com vinte - um ou mais amantes
ostentando casacos de peles
comprados com dinheiro reles
frutas das suas vendas
ai estas conversas
destas senhoras finas
e cheias de moral
ai os abortos clandestinos
os enredos das telenovelas
a crise dos intestinos
a inflamação dos ovários
o cumprimento dos horários
as montras do centro comercial
o atraso do período
o stress e o expediente
o incómodo do penso higiénico
a pedra do dente
o vestido da colega
a marca do perfume
o sorriso com sabor a ciúme
ai o penteado para o fim de semana
ai este olhar de indiferença
o quarto da pensão
o amante à espera
se chegar a casa cansada
e sem disposição
o marido não notará a diferença :
já está habituado.
e o telefonema
para combinar o esquema
Ai a respeitabilidade
a família a posição
este ar de ingenuidade
a vagina ganha pão
o rosto pintado
a idade para ocultar
uma certa liberdade
na conveniência do falar
a ida ao cinema
a bebida no bar
mais uma semana :
sempre o mesmo para contar.
Ai quem me dera ser pássaro
para nas vossas cabeças cagar..
nov.21.80.
senhoras finas
e de moral
olham -me felinas
com ar parvo natural
se não lhes digo bom dia
mesmo que esteja de azia
logo levam a mal
ai estas senhoras finas
empregadas de escritório
com bocas de pia
inteligência de supositório
com ares jactantes
com vinte - um ou mais amantes
ostentando casacos de peles
comprados com dinheiro reles
frutas das suas vendas
ai estas conversas
destas senhoras finas
e cheias de moral
ai os abortos clandestinos
os enredos das telenovelas
a crise dos intestinos
a inflamação dos ovários
o cumprimento dos horários
as montras do centro comercial
o atraso do período
o stress e o expediente
o incómodo do penso higiénico
a pedra do dente
o vestido da colega
a marca do perfume
o sorriso com sabor a ciúme
ai o penteado para o fim de semana
ai este olhar de indiferença
o quarto da pensão
o amante à espera
se chegar a casa cansada
e sem disposição
o marido não notará a diferença :
já está habituado.
e o telefonema
para combinar o esquema
Ai a respeitabilidade
a família a posição
este ar de ingenuidade
a vagina ganha pão
o rosto pintado
a idade para ocultar
uma certa liberdade
na conveniência do falar
a ida ao cinema
a bebida no bar
mais uma semana :
sempre o mesmo para contar.
Ai quem me dera ser pássaro
para nas vossas cabeças cagar..
nov.21.80.
eu sei que vou morrer de amar
foi breve o amor
feito na alquimia
das promessas da conveniência
foi-se o tempo da paixão
nem o perfume ficou
da anunciada ausência.
fica o fumo da memória
do sonho a serenidade
do instante a precariedade
dos gestos insanos e envergonhados
da imaginada obscenidade.
agora já não dizemos até amanhã
nem ousamos a viagem
no nosso barco sempre preso ao cais
agora eu sei
tu sabes
que amanhã é sempre longe demais.
da janela do meu tempo
parte o momento da ilusão
o que nos falta para amarmos
se sempre nos matamos
nas maneiras mais apetecidas ?
resta-nos o desejo
sempre acontecido
com sabores de despedidas.
hoje
quero tudo menos o banal
amor raiva ciúme
paixão violenta animal
angústia total
quero um mar sem sal
preto e vermelho
afinal as cores da minha alma
quero o delírio completo
que esvazia a minha calma
quero olhar sem ver
estar sem ouvir as palavras costumeiras
que me falam do segredo
do meu desassossego
quero-me morto
no sonho do sabor do teu corpo.
eu sei que vou morrer de amar.
feito na alquimia
das promessas da conveniência
foi-se o tempo da paixão
nem o perfume ficou
da anunciada ausência.
fica o fumo da memória
do sonho a serenidade
do instante a precariedade
dos gestos insanos e envergonhados
da imaginada obscenidade.
agora já não dizemos até amanhã
nem ousamos a viagem
no nosso barco sempre preso ao cais
agora eu sei
tu sabes
que amanhã é sempre longe demais.
da janela do meu tempo
parte o momento da ilusão
o que nos falta para amarmos
se sempre nos matamos
nas maneiras mais apetecidas ?
resta-nos o desejo
sempre acontecido
com sabores de despedidas.
hoje
quero tudo menos o banal
amor raiva ciúme
paixão violenta animal
angústia total
quero um mar sem sal
preto e vermelho
afinal as cores da minha alma
quero o delírio completo
que esvazia a minha calma
quero olhar sem ver
estar sem ouvir as palavras costumeiras
que me falam do segredo
do meu desassossego
quero-me morto
no sonho do sabor do teu corpo.
eu sei que vou morrer de amar.
2006jul25
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
RIDERS ON THE STORM
Toda a gente devia saber que apenas precisas dum amigo.
Bom dia sussurras gentilmente ao meu ouvido mas não te posso prometer que estou de volta. Devo esperar a demora que o tempo leva a fazer todos estes erros.
O que digo ou faço não importa .
Não é ainda a hora de derramar o choro destas lágrimas instantâneas.
Dizes-me isto e aquilo mas nunca o que eu quero ouvir.
Serás mais um dos anjos perdidos ?
Ás vezes poderei ser aquele que bate à tua porta.
Mas não me dês chave nenhuma : eu quero mais, sem ousar transformar a tua vida num inferno igual ao desassossego que me é realidade.
Preciso de alguém que não necessite de mim.
Outras vezes sou uma serpente à procura da pele esquecida.
Boa noite, JIM .
Agora vou abraçar todos os cavaleiros da tempestade.
2006jun01
depois
depois fica o vento
que quando sopra me trás os teus beijos
fica o sabor do momento
feito chuva de desejos
resta o nada que me afoga
e as lágrimas que choram
não sei porque sentimento
depois fica o tempo
que nada sabe de mim
depois fico assim
feito espuma sem dias
sem o fogo que tu acendias
depois perco a alma no teu olhar de ternura
e sei que não foi loucura
embora me reste a dor
vou dar todo o meu desespero
não negarei nunca o amor
mesmo aquele que não foi suficiente
mesmo a paixão vivida sem tempero
agora abraço os lençóis dum corpo ausente.
depois eu sei que tudo entre nós foi diferente
que quando sopra me trás os teus beijos
fica o sabor do momento
feito chuva de desejos
resta o nada que me afoga
e as lágrimas que choram
não sei porque sentimento
depois fica o tempo
que nada sabe de mim
depois fico assim
feito espuma sem dias
sem o fogo que tu acendias
depois perco a alma no teu olhar de ternura
e sei que não foi loucura
embora me reste a dor
vou dar todo o meu desespero
não negarei nunca o amor
mesmo aquele que não foi suficiente
mesmo a paixão vivida sem tempero
agora abraço os lençóis dum corpo ausente.
depois eu sei que tudo entre nós foi diferente
50 anos
olhei teu beijo em flor
e tu sorriste
sonhei teu corpo em flor
logo partiste
agora choram as gotas
dum coração sem chuva
reclamando
o momento do encantamento
que eu perdi por ti.
já não tenho todas as horas do mundo
e as mágoas correm alegremente num rio
descobriste há muito que o teu tempo já passou
embora partido em mil bocados
o espelho teima em mostrar
todas as faces da tua decadência
ficaste para trás
estás fora de moda
já não apagas aquilo que o relógio faz
os teus modos não são os melhores
já não é apetecida a tua foda.
nunca disse amor
mesmo quando o amor eu fingia.
deixa-me apresentar :
afinal sou um homem de bem
e de alguma cortesia ...
outubro.24.2006
e tu sorriste
sonhei teu corpo em flor
logo partiste
agora choram as gotas
dum coração sem chuva
reclamando
o momento do encantamento
que eu perdi por ti.
já não tenho todas as horas do mundo
e as mágoas correm alegremente num rio
descobriste há muito que o teu tempo já passou
embora partido em mil bocados
o espelho teima em mostrar
todas as faces da tua decadência
ficaste para trás
estás fora de moda
já não apagas aquilo que o relógio faz
os teus modos não são os melhores
já não é apetecida a tua foda.
nunca disse amor
mesmo quando o amor eu fingia.
deixa-me apresentar :
afinal sou um homem de bem
e de alguma cortesia ...
outubro.24.2006
elegia a jack kerouac
nasci na página 124 do on the road e
passados cinco minutos
desvirgindei - me fazendo amor com o
pôr do sol numa praia sem nome
passei noites dormindo em latas de sardinha
com um polegar esticado
aprendi a falar com cães e a
chamar mãe às auto estradas e aos
vagões de mercadorias dos caminhos de ferro
amei em bermas de estradas
caguei debaixo de árvores
abracei cães violas livros
e
mijei nos sacos de plástico dos
supermercados
lavei os dentes
em cabines telefónicas
enterrei tesouros na areia em vasos
com plantas
roubei papel higiénico e bocados de
espelho dos wc dos cafés e hotéis
troquei fatos por blue jeans
sujeitando - me às caricias do cinto
do meu pai (?)
aprendi que o ópio deverá ser
a única religião das pessoas
e guardei um pelo da barba
do ginsberg
forniquei dias e noites seguidos
com a lua e a amante do nixon
e tive que cultivar a pénisflor
vi aqueles :
que morreram afogados pelos ideais
que eles próprios construíram pensando
na compreensão das pessoas
e
jesus cristo praticando budismo
á meia noite em biarritz
e aqueles que apertavam as
mãos aos caranguejos e davam
autógrafos a camelos com o
objectivo de angariar votos para as
futuras eleições
e aqueles que confundiam
estrelas com candeeiros que
diziam que uma viola é como uma
mulher
que congelaram o sol
que engarrafaram o cheiro da manhã
que beijavam flores e arco - íris
bebiam chuva e liam revistas
pornográficas deitados nos sacos de
dormir
e vagueavam pelas avenidas e jardins
desertos à caça de
homossexuais
aqueles que em viagens clandestinas
subiram à lua e substituíram a
bandeira americana por uma toalha de mesa
e que pensavam fazer um piquenique sobre
essa mesma toalha
e que morreram fazendo a barba
com um corta unhas
aqueles que se perderam no meio
da viagem porque se esqueceram
da bibília
que fugiram de casa e
voltaram de táxi
que resistiram aos olhares das pessoas
demasiadamente semelhantes aos dos
chuís da brigada de narcóticos
que faziam amor julgando
que este é um jogo de cama
e ouvi :
freaks
&
pseudo freaks
gurus
&
pais arrependidos
vendedores de gelados
varredores de ruas
carneiros manietados pelo sistema
budistas que tudo e nada me disseram
ouvi fidel de castro declarar - se à marilyn monroe
prometendo - lhe que raparia a barba
o barulho que salazar fazia
quando chupava no polegar da mão
esquerda
o vento batendo à porta do
banco do jardim durante as noites
em que eu ainda sonhava
ouvi kissinger pedindo - me um
charro e conselho para fomentar uma
nova guerra : ambicionava ganhar outro
prémio nobel da paz
vozes histéricas de estátuas coisas
e pessoas durante actos sexuais
prostitutas adolescentes
dirigindo - se timidamente a homens
casados complexados para os quais
ser cornudo é facto que não podem
admitir
ouvi ouvi ouvi ouvi
ouvi ouvi ouvi ouvi
ouvi vozes protestando contra a
guerra
o ódio e a miséria
e a quem calaram para sempre
com paradas e tiros de metralhadora
e celas onde os ratos
preferiram morrer
ouvi choros de mulheres velhos & órfãos
que em gritos dilacerantes perguntavam
qual a razão da fome
e da opressão
e que perderam definitivamente a
confiança que até então tinham
nos homens
valquírias sussurrando - me para
escarrar nas bandeiras
soldados feridos cantando hinos
nacionais enquanto lhes aplicavam
medalhas
ouvi lenine & trotsky discursarem
sempre em pé e durante longas horas
para peixes vermelhos
bakunine e os demais verdadeiros anarcas
serem apelidados de loucos e
inconscientes por rebanhos de carneiros
cuja posição embora erecta em nada os
diferenciava dos ursos peludos das
regiões polares
e
senti :
os olhares inquietantes
daqueles que
por serem diferentes a sociedade
etiquetou de loucos e encerrou
em manicómios
as mãos trémulas do cego
acariciando as teclas do acordeão
sentado nas escadas
de
uma estação de caminhos de ferro
perante os rostos cansados das pessoas
que
regressavam do trabalho
e cuja música
confundia - se com as palavras
e
o
vago tilintar das moedas caindo
num prato de plástico
amarelo
senti nos ombros
os pés descalços
da criança
cujo sorriso
me magoava
estive numa reunião
do movimento nacional feminino
onde me serviram sorvetes
que eram tirados dum soutien
da triumph tamanho 48
estive :
em comícios políticos onde vendiam
batatas fritas
em manifestações em que apalpavam
o Cu e os seios às gajas
cujas formas corporais
despertavam positivamente
apetites sexuais.
nasci na página 124
do on the road e
passados cinco minutos e
trinta segundos ...
.73
passados cinco minutos
desvirgindei - me fazendo amor com o
pôr do sol numa praia sem nome
passei noites dormindo em latas de sardinha
com um polegar esticado
aprendi a falar com cães e a
chamar mãe às auto estradas e aos
vagões de mercadorias dos caminhos de ferro
amei em bermas de estradas
caguei debaixo de árvores
abracei cães violas livros
e
mijei nos sacos de plástico dos
supermercados
lavei os dentes
em cabines telefónicas
enterrei tesouros na areia em vasos
com plantas
roubei papel higiénico e bocados de
espelho dos wc dos cafés e hotéis
troquei fatos por blue jeans
sujeitando - me às caricias do cinto
do meu pai (?)
aprendi que o ópio deverá ser
a única religião das pessoas
e guardei um pelo da barba
do ginsberg
forniquei dias e noites seguidos
com a lua e a amante do nixon
e tive que cultivar a pénisflor
vi aqueles :
que morreram afogados pelos ideais
que eles próprios construíram pensando
na compreensão das pessoas
e
jesus cristo praticando budismo
á meia noite em biarritz
e aqueles que apertavam as
mãos aos caranguejos e davam
autógrafos a camelos com o
objectivo de angariar votos para as
futuras eleições
e aqueles que confundiam
estrelas com candeeiros que
diziam que uma viola é como uma
mulher
que congelaram o sol
que engarrafaram o cheiro da manhã
que beijavam flores e arco - íris
bebiam chuva e liam revistas
pornográficas deitados nos sacos de
dormir
e vagueavam pelas avenidas e jardins
desertos à caça de
homossexuais
aqueles que em viagens clandestinas
subiram à lua e substituíram a
bandeira americana por uma toalha de mesa
e que pensavam fazer um piquenique sobre
essa mesma toalha
e que morreram fazendo a barba
com um corta unhas
aqueles que se perderam no meio
da viagem porque se esqueceram
da bibília
que fugiram de casa e
voltaram de táxi
que resistiram aos olhares das pessoas
demasiadamente semelhantes aos dos
chuís da brigada de narcóticos
que faziam amor julgando
que este é um jogo de cama
e ouvi :
freaks
&
pseudo freaks
gurus
&
pais arrependidos
vendedores de gelados
varredores de ruas
carneiros manietados pelo sistema
budistas que tudo e nada me disseram
ouvi fidel de castro declarar - se à marilyn monroe
prometendo - lhe que raparia a barba
o barulho que salazar fazia
quando chupava no polegar da mão
esquerda
o vento batendo à porta do
banco do jardim durante as noites
em que eu ainda sonhava
ouvi kissinger pedindo - me um
charro e conselho para fomentar uma
nova guerra : ambicionava ganhar outro
prémio nobel da paz
vozes histéricas de estátuas coisas
e pessoas durante actos sexuais
prostitutas adolescentes
dirigindo - se timidamente a homens
casados complexados para os quais
ser cornudo é facto que não podem
admitir
ouvi ouvi ouvi ouvi
ouvi ouvi ouvi ouvi
ouvi vozes protestando contra a
guerra
o ódio e a miséria
e a quem calaram para sempre
com paradas e tiros de metralhadora
e celas onde os ratos
preferiram morrer
ouvi choros de mulheres velhos & órfãos
que em gritos dilacerantes perguntavam
qual a razão da fome
e da opressão
e que perderam definitivamente a
confiança que até então tinham
nos homens
valquírias sussurrando - me para
escarrar nas bandeiras
soldados feridos cantando hinos
nacionais enquanto lhes aplicavam
medalhas
ouvi lenine & trotsky discursarem
sempre em pé e durante longas horas
para peixes vermelhos
bakunine e os demais verdadeiros anarcas
serem apelidados de loucos e
inconscientes por rebanhos de carneiros
cuja posição embora erecta em nada os
diferenciava dos ursos peludos das
regiões polares
e
senti :
os olhares inquietantes
daqueles que
por serem diferentes a sociedade
etiquetou de loucos e encerrou
em manicómios
as mãos trémulas do cego
acariciando as teclas do acordeão
sentado nas escadas
de
uma estação de caminhos de ferro
perante os rostos cansados das pessoas
que
regressavam do trabalho
e cuja música
confundia - se com as palavras
e
o
vago tilintar das moedas caindo
num prato de plástico
amarelo
senti nos ombros
os pés descalços
da criança
cujo sorriso
me magoava
estive numa reunião
do movimento nacional feminino
onde me serviram sorvetes
que eram tirados dum soutien
da triumph tamanho 48
estive :
em comícios políticos onde vendiam
batatas fritas
em manifestações em que apalpavam
o Cu e os seios às gajas
cujas formas corporais
despertavam positivamente
apetites sexuais.
nasci na página 124
do on the road e
passados cinco minutos e
trinta segundos ...
.73
Soneto do AMOR AUSENTE
De ti me fica a lembrança
Do amor por nós não entendido
Do tempo sempre sofrido
Passado nas ausências da esperança
Nesta estranha forma de dança
Mais do que eu, triste é o meu fado
Que se perde no beijo desesperado
Escorrendo do tempo a mudança
Foi-se a hora da paixão
Gasta nos abraços clandestinos
O que nos uniu foi o fracasso
Feito no engano da ilusão
Nos abusados desatinos
Num amor tão breve e escasso
jul03/2006
Do amor por nós não entendido
Do tempo sempre sofrido
Passado nas ausências da esperança
Nesta estranha forma de dança
Mais do que eu, triste é o meu fado
Que se perde no beijo desesperado
Escorrendo do tempo a mudança
Foi-se a hora da paixão
Gasta nos abraços clandestinos
O que nos uniu foi o fracasso
Feito no engano da ilusão
Nos abusados desatinos
Num amor tão breve e escasso
jul03/2006
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